28 de março de 2024
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FEMINICÍDIO | BRIGA POR HERANÇA

Advogada achada morta no quarto do irmão levou 7 facadas

Após matá-la, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe, diz a polícia

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A advogada Izadora Mourão, de 41 anos, encontrada morta no quarto do irmão no último sábado (13.fev) no município de Pedro II, interior do Piauí, levou 7 facadas, revelou hoje o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

O principal suspeito do crime, irmão da vítima, é o bacharel em direito e jornalista João Paulo Mourão, de 35 anos. Ele não se manifestou ainda sobre as acusações. Ele está preso desde ontem (15.fev) após a polícia achar roupas sujas de sangue em seu quarto, na casa onde vivia os irmãos e a mãe.  Joãoa chegou a ir no velório da irmã e até concedeu entrevista se referindo ao crime como "bárbaro e cruel" e que "tudo levava a crer que foi uma morte "pensada, friamente calculada, premeditada" e que não daria para "admitir um crime brutal em cidade pacata como Pedro II".

A polícia ainda investiga as motivações do crime, mas acredita que os dois irmãos tinham desavenças devido a herança deixada pelo pai, que morreu há pouco mais de um ano.  

A mãe e outros familiares também estão sendo investigados por suspeita de participação no crime, segundo a polícia, familiares estão tentando distorcer a realidade dos fatos.  

As investigações apontam que, após matá-la, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe. Ela, ao encontrar a filha "machucada" no quarto, ligou para a empregada doméstica da casa pedindo para que ela dissesse que uma mulher havia entrado na residência e que João Paulo estava dormindo.

— A mãe, quando tomou conhecimento que a filha estava ferida ou morta, ao invés de ligar para a polícia e chamar o socorro médico, ligou para a faxineira combinando que ela disse que João Paulo estava dormindo e que uma mulher teria entrado. Porém, a partir das 7 horas da manhã, ninguém entrou naquela casa — relatou o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, conhecido como Barêtta.

Ainda segundo revelou hoje os  investigadores, ao menos 2 facas foram usadas no crime.  — A tia o chamou para entregar a faca. A olho nu, nós já sabemos que tem vestígios de sangue e elas irão passar por exames periciais — afirmou. 

— Eles possuíam umas desavenças, mas isso vai ser delineado nos autos do inquérito policial nos próximos dez dias. A motivação é muito subjetiva. Ele não fala, ele não confessa. Na verdade, ele premeditou o crime. A Izadora, nas últimas forças dela, ainda se locomove e deixa claro que o assassinado estava próximo dela e dentro de casa — disse.