Agentes penitenciários do Estado realizam hoje, uma manifestação para reivindicar as condições de serviço e segurança. O ato é em homenagem ao companheiro de trabalho, Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, 44 anos, que foi executado com quatro tiros na manhã de ontem, dentro do Estabelecimento Penal Aberto e Casa do Albergado na Vila Sobrinho, em Campo Grande.
O Estado de Mato Grosso do Sul, possui hoje a segunda maior população carcerária do país. Segundo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, André Luiz Garcia Santiago as condições de trabalho para cerca dos 900 agentes que atendem o estado, é precária. “Aqui são cerca de dois agentes para cada mil presidiários. A situação está caótica. Falta estrutura nas unidades e faltam equipamentos. Nos trabalhamos apenas com um apito e uma caneta”, lamenta.
Santiago pediu a liberação dos servidores da capital e do interior para que acompanhassem o velório e o enterro de Carlos Augusto Queiroz de Mendonça. Nesta manhã mobilizaram-se em uma carreata quilométrica saindo da Pax, localizada na Avenida Bandeirante até a Avenida Senador Filinto Muller, no cemitério Memorial Park .
Ao final da cerimonia fúnebre, os servidores se deslocarão em caminhada até o centro de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, em manifestação a péssima condição de trabalho.
Além do protesto, a passeata para Santiago é uma forma de homenagear o amigo. “Nós queremos demonstra para a sociedade o valor que o companheiro tinha para gente”, afirma.
A categoria aguarda o posicionamento do governador. Segundo Santiago há possibilidade da paralisação pois a rotina de trabalho dos agentes de todo o Estado foi alterada, e até então estão realizando somente as atividades necessárias.