18 de abril de 2024
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Chorando, suspeito no crime de empresário pede perdão à família e amigos

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Foram apresentados na manhã de hoje os três suspeitos de estarem envolvidos no caso do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32, morto na última terça – feira (2). Os suspeitos foram apresentados na Defurv (Delegacia Especializada na Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), porém, a estimativa para a conclusão do inquérito é na próxima semana, onde haverá uma coletiva com o detalhamento do caso. Na apresentação, um dos envolvidos chorou e pediu perdão à família e amigos.

Não há ainda a confirmação do envolvimento de cada um no caso, somente após a finalização dos laudos periciais. Thiago Henrique Ribeiro, 21, Rafael Diogo, vulgo Batata, 24 e Jeferson dos Santos Souza,21 têm envolvimento direto com o crime. Eles foram presos entre meio dia de sábado e domingo de madrugada, cada um em sua residência na região do bairro Dom Antônio Barbosa.

O comerciante Lino Bernal, 57, pai da vítima conversou coma reportagem e comentou que todos estão muito deprimidos e desesperados com o fato. Desde o início, Lino afirmou que sabiam que seria difícil encontrar o filho com vida, pois a intuição paternal dizia isso. O comerciante falou da situação angustiante em que a família se encontra, pois além dos adultos, seus netos estão em estado de choque. Além disso, todos estão com medo do dia-a-dia a partir de agora. “O medo é constante, não consigo explicar nem me expressar”, lamenta.

Lino lembrou que entrou em contato com o filho na terça-feira por volta das 15h32, e comenta que Erlon foi seco na conversa. Depois, não houve mais contato. “Eu acho que ele estava pressentindo a situação, ele foi seco, disse que não podia falar no momento”, comenta.

A delegada Maria Lourdes Cano, foi quem conduziu as investigações e afirmou que desde o início os suspeitos já tinham o intuito de matar a vítima, pois Erlon manteve contato direto com os bandidos.

Ao contrário do que diz a delegada, Thiago, em meio à apresentação, chorou e disse que a intenção não era executar o comerciante, mas sim, se apropriar do veículo modelo Golf. “Peço perdão aos meus amigos e a minha família pelo meu envolvimento no caso”, admitindo assim sua participação.

O modelo do carro, ainda de acordo com a delegada, era a preferência dos assaltantes, e segundo ela, eles teriam afirmado que o utilizariam em outros furtos no município de Campo Grande, mas, Maria Lourdes acredita que o veículo seria levado ao Paraguai, via Maracaju – distante 162 km de Campo Grande.

A grande dificuldade das investigações foi iniciá-la, pois ninguém tinha informações do que Erlon faria no dia. Além disso, a falta de denúncias dos vizinhos dos envolvidos também dificultou. “Havia um açougue perto. O odor que havia, todos achavam que era oriundo do açougue”, explica a delegada.

Já o funileiro, que fez a troca da cor do Golf, de prata para branco, não tem envolvimento direto com o crime e terá que pagar uma fiança de quatro salários mínimos pela liberdade. A adolescente envolvida está detida na Unei (Unidade Educacional de Internação) feminina de Campo Grande.

Saiba mais

O empresário saiu de casa na terça-feira em direção a saída para São Paulo para apresentar o veículo Golf anunciado na internet. Os homens o levaram para o bairro São Jorge da Lagoa onde foi executado com um tiro na nuca dentro da residência e enterrado em uma fossa séptica. O corpo foi encontrado no último domingo.

Tayná Biazus