19 de abril de 2024
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Empresário e filha são presos na Operação Krull

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Foram presos na terça-feira um empresário de 52 anos e sua filha de 25, em Matias Barbosa (MG), durante Operação Krull da Polícia Federa. O objetivo é desarticular uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas.  Os dois foram presos preventivamente e permanecerão em Juiz de Fora (MG).

Ainda de acordo com o delegado em Uberaba (MG), o empresário participava de negociações de compra e venda de veículos, embarcações e móveis do principal traficante envolvido, de 45 anos. Ele foi indiciado por tráfico de drogas, organização criminosa e também será investigado por lavagem de dinheiro. Já a filha do homem, a princípio responderá por integrar organização criminosa.

O delegado também informou que o empresário figurou como empregador fictício do traficante quando este morou em Juiz de Fora. Atualmente o traficante está preso em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi encontrado em Iturama, no Triângulo Mineiro, em abril. Na tarde de terça-feira, a mulher dele também foi presa em Contagem.

Ainda de acordo com o delegado as investigações continuam. Agora será realizada uma análise de todo o material apreendido. Dos 16 mandados de prisão, ainda faltam duas pessoas para serem presas.

Operação Krull -  De acordo com a Polícia Federal, cerca de 100 policiais cumprem 16 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e no Estado.

A Polícia Federal fazia a investigação da organização criminosa há um ano e meio. O líder da quadrilha, que cumpria pena em regime aberto em Juiz de Fora (MG), articulava, desde Iturama (MG), todos os movimentos do grupo. Nessa cidade, ele se apresentava como pecuarista.

Foi identificada através da operação, outro membro do grupo que desempenhava importante papel na organização criminosa. Ele ficou conhecido pelo envolvimento no furto ao Banco Central de Fortaleza em 2005 e atualmente controlava o tráfico de drogas na segunda maior favela paulista.

Após a cocaína ser entregue era armazenada e transportada em veículos com compartimentos ocultos até os compradores finais em São Paulo e no Rio de Janeiro. O pagamento era feito por envio ou coleta de dinheiro, pagos em reais ou dólares, depósitos em contas bancárias próprias ou de terceiros, ou, ainda, por remessa de dólares por meio de casas de câmbio.

Durante as investigações, foram presas em flagrante 16 pessoas e apreendidos 721 quilos de cocaína, um caminhão, cerca de R$ 400 mil e US$ 400 mil.

Tayná Biazus