29 de março de 2024
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NACIONAL | CUIABÁ (MT)

Gari morre 70 dias após ser atropelado; engraxava sapatos dos PMs e sonhava em ser advogado

"Pezão" deixava os coturnos dos policiais militares em nossas unidades sempre impecáveis e brilhantes", disse a PM

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O gari Douglas Campos Ribeiro, de 36 anos, morreu na sexta-feira (21.jan.22) depois de passar mais de 70 dias internado no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) devido a um atropelamento que sofreu no ano passado na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá (MT). A reportagem é do g1.  

'Pezão', como era conhecido entre os amigos, era concursado como gari em Várzea Grande, mas trabalhava oferecendo serviços pelas ruas.

Ele ficou conhecido por policiais militares por visitar os batalhões para oferecer serviço de engraxate. Ao compartilhar com os clientes o sonho de ser advogado, ele recebeu ajuda para cursar a faculdade de direito.

“Policiais civis gostavam muito dele e contribuíram o suficiente para custear 6 meses da faculdade. Nos meses seguintes, permaneceram alguns fiéis depositários, sendo possível custear seus estudos até então, antes do fatídico acidente”, relatou uma policial.

O atropelamento ocorreu no dia 11 de novembro de 2021.

De acordo com a Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), a vítima tentou atravessar a avenida, mas foi atingida por um carro. Douglas foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em estado grave e encaminhado ao HMC.

A Polícia Civil informou que o caso do atropelamento de Douglas está sendo investigado.

O sepultamento deve ser realizado nesse domingo (23.jan.22), na capela do cemitério Recanto da Paz, no bairro Jardim dos Estados, em Várzea Grande.

NOTA DE PESAR

A Polícia Militar de Mato Grosso lamenta o falecimento do amigo, Douglas Campos Ribeiro, mais conhecido como “Pezão”, de 36 anos, na noite desta última sexta-feira (21.01), em Cuiabá.

Douglas estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), após ser atropelado no mês de  novembro do ano passado, ele sofreu traumatismo craniano e ficou internado por 70 dias no HMC. 

“Pezão” trabalhava como engraxate, e era diferenciado no serviço que prestava aos seus clientes. Caprichoso no que fazia, "Pezão" deixava os coturnos dos policiais militares em nossas unidades sempre impecáveis e brilhantes; algo que o tornava muito requisitado pela tropa.

Carismático e querido, “Pezão” era um grande amigo da PMMT. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, transmite as mais sinceras condolências aos familiares e amigos de Douglas pela dolorosa perda.