“Tive medo de morrer. Em todo momento eu jurava que não ia ver mais minha filha”. Essa a afirmação é da jovem indígena vítima de um estupro no início da madrugada de quarta-feira (29) na entrada da Aldeia Jaguapiru, Reserva Indígena de Dourados. Na tarde desta quinta-feira (30) ela recebeu a equipe do Dourados News para relatar o fato. A jovem de 26 anos mora com a mãe na aldeia e com a filha de três anos. Ela afirmou que havia acabado de sair do restaurante em que trabalhava nas proximidades da reserva e aguardava alguém da família para busca-lá, quando o estuprador a abordou. O primeiro registro da ocorrência apontava para que a mesma teria saído para um encontro, o que foi negado depois. Segundo a vítima, era em torno de 0h30 quando o desconhecido se aproximou e ordenou que entrasse no carro, a ameaçando com uma barra de ferro. “Ele disse para entrar no carro, com uma barra de ferro na mão me ameaçando, dizendo que eu ia morrer”, conta. Antes do ato, a mulher conta que o desconhecido a questionava se sabia quem o havia mandado ali. Muito confusa por não ter desentendimentos com ninguém, disse que a única pessoa a qual imaginou, seria um ex-namorado, porém, não entrou em detalhes sobre o caso. "Quero deixar claro que não estou acusando ninguém, só queria poder esclarecer isso, pois fiquei muito confusa” contou. Sobre o crime a qual recebeu, a vítima disse que foi violentada em uma rua escura e que apanhou muito, passando por momentos terríveis. “Ele me judiou, me humilhou muito. Me batia e realizava o ato, fez coisas horríveis que não vem ao caso relatar”, contou.