A Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal
deram início na manhã de hoje (07/07), as diligências da 3a fase da Operação Lama
Asfáltica – Aviões de Lama, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São
Paulo, com o objetivo de desmantelar grupo criminoso investigado que desviava recursos
públicos de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas
que resultou em crimes de lavagem de dinheiro.
Cerca de 20 policiais cumprem 3 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de busca e
apreensão de aeronaves nos municípios de Campo Grande/MS, Cuiabá/MT,
Rondonópolis/MT e Tanabi/SP, todos expedidos pela 3a Vara Federal de Campo Grande –
Especializada em crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes
contra o sistema financeiro nacional.
A Operação “Aviões de Lama – 3a Fase da Lama Asfáltica” decorre da análise da
documentação apreendida na segunda fase da Operação Lama Asfáltica, denominada
“Fazendas de Lama”, onde foi possível extrair elementos indicativos que os investigados
estavam dilapidando o patrimônio com a revenda de bens de alto valor e pulverizando esses
montantes para diversas pessoas, a fim de ocultar a origem do dinheiro, deparandose com
a prática
de novas condutas delituosas, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação, em julho de
No caso, tratase da alienação de aeronave no valor de R$ 2 milhões, revelando que o
grupo optou por se desfazer do patrimônio para realizar a divisão do produto da venda em
valores menores, como no caso, mediante a entrega de outra aeronave de R$ 350 mil, além
de quatro cheques que foram destinados a quatro pessoas, operando assim, o
fracionamento do patrimônio com o objetivo de dificultar o rastreamento do dinheiro obtido
com a venda do avião, de sorte a realizar a mutação desses valores em pagamentos de
serviços prestados, incorporandoos na economia formal.
A organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais,
atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções, prestação de serviços nas áreas
de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
O motivo do nome da operação é em razão do modo de se desfazer da aeronave, já que o
grupo utilizou de recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em
licitações, recebimento de propinas e crimes de lavagem de dinheiro.
Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande/MS e as
aeronaves apreendidas irão permanecer nas cidades onde forem localizadas.