25 de abril de 2024
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Suspeito

Piloto é preso suspeito de integrar quadrilha que transportava cocaína da Bolívia em aeronaves

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Um piloto de aviões foi preso no final nesta terça-feira (6) pela Polícia Federal em Corumbá (MS), fronteira com a Bolívia, suspeito de participar de um esquema de transporte aéreo de drogas. A operação Escalada, que investiga o tráfico internacional de cocaína, foi deflagrada nesta terça-feira (6) em MS, MT, AM, SP, MG e RO.

De acordo com a Polícia Federal (PF), a droga vinha da Bolívia e era transportada em aeronaves para o estado de Mato Grosso, pousando em pistas clandestinas. Depois de pousar, a droga era ocultada em fundos falsos de caminhões, a maior parte com destino a São Paulo.

Segundo a assessoria da PF, o piloto, que não teve o nome divulgado, foi preso preventivamente. Ele está na sede da Polícia Federal em Corumbá. Ao todo na operação, devem ser cumpridos 42 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva, 14 de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão.

Durante a investigação, verificou-se que a organização criminosa movimentava grande parte de recursos financeiros e da parte de logística para o transporte da droga com a aquisição de veículos e aeronaves em nome de pessoas que sequer existiam.

No total foram apreendidos 3 toneladas de pasta base de cocaína, além de uma aeronave bimotor e diversos veículos utilizados no transporte.

Aumento de patrimônio em MT sem justificativa

De acordo como a Polícia Federal, as investigações começaram há aproximadamente 10 meses e estavam baseadas em Cuiabá. Ela ocorre nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger, Poconé, Cáceres, Rondonópolis, Alto Araguaia em MT, além de Corumbá (MS), Manaus (AM), Paulinia (SP), Bauru (SP), Uberlândia (MG), e Vilhena (RO).

No total foram apreendidos 3 toneladas de pasta base de cocaína, além de uma aeronave bimotor e diversos veículos utilizados no transporte. Durante a fase de investigações, foram feitos oito autos de prisão em flagrante que resultaram na prisão de nove pessoas.

A 7º Vara Federal Criminal em Cuiabá determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens.

O nome da operação é em razão de alguns dos principais investigados terem experimentado um grande aumento patrimonial em tempo reduzido, como uma cobertura em apartamento de luxo e imóvel e apartamento de luxo em Cuiabá, sem qualquer ocupação lícita que as justifique.