O comandante do 4° Batalhão de Polícia Militar de Ponta Porã, Waldomiro Centurião disse nesta quinta-feira (17) que sua equipe analisará com a Polícia Nacional do Paraguai a necessidade de mais ações conjuntas tendo em vista a segurança na fronteira.
Segundo o site Dourados News, Centurião informou que será feito um levantamento do impacto da morte Jorge Rafaati Toumani para o crime organizado e o que isso pode acarretar.
"Nós vamos debater junto a polícia Paraguai o melhor a ser feito, mas para isso precisamos conhecer a fundo essa situação e o que ela envolve para um planejamento. Nossa busca é pela paz social e tranquilidade das pessoas e seguiremos com esse foco", comentou.
Ele enfatizou que o trabalho em conjunto entre os órgãos de segurança já acontece e que se necessário será realinhado.
Para ele, a análise do fato mostrará se é preciso maior envergadura das forças conjuntas. "Nós já atuamos juntos, com auxílio e suporte que vem de ambas as partes. Se for preciso atuar mais veementemente será feito", pontuou.
O comandante ressaltou que equipes estiveram em rondas e em alerta para o velório e enterro do narcotraficante, tendo em vista segurança aos participantes, residências e comércio do local, situado na avenida Brasil em Ponta Porã. Conforme ele, o temor era de algum imprevisto, porém, houve tranquilidade.
"A atenção era a proteção a algum atentado e isso não só com familiares e amigos da vítima, mas sabendo que pode ‘esbarrar’ em quem está ao redor e não tem nada a ver. Não foi registrado nenhuma situação de risco", comentou.
O caso
Jorge Rafaat Toumani foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira (15) em Pedro Juan Caballero, por volta das 18h30, ao sair de seu escritório situado na rua Teniente Herrero na cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil através de Ponta Porã.
Conforme mostrado pelo Dourados News, ele foi morto em uma emboscada por um grupo de pessoas que portavam fuzis AK 47 e Mag anti-aérea e metralhadoras.
Nesta quinta-feira (16), a polícia apreendeu Sergio Lima dos Santos, 34, um dos suspeitos de participar da execução do narcotraficante. Ele teria sido ferido por seguranças de Rafaat durante o ataque.
Jarvis teria orquestrada a ação da morte de Rafaat junto com integrantes da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital).