18 de abril de 2024
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Rio Brilhante

Polícia identifica vítima de homicídio e apresenta suspeitos do crime

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A Polícia  Civil apresentou na tarde desta segunda-feira(28), dois suspeitos do homicídio ocorrido no sábado (26), porém o corpo descoberto somente no domingo (27) por volta das 17h, além de identificar a vítima que até então era desconhecida. A elucidação do caso ocorre menos de 24h após comunicação dos fatos.

Keoma de Souza Pereira (23) e Alessandro Henrique Barreto de Sousa (20) moradores em Rio Brilhante, foram presos durante trabalho conjunto entre policiais civis do SIG (Setor de Investigações Gerais) coordenados pelo delegado Alexandre Neves e policiais militares, que logo após o achado do corpo passaram a diligenciar para esclarecer o crime. Os dois confessaram o assassinato e deram detalhes.

A vítima foi identificado como Claudomiro Gerônimo da Silva (44) natural de Lins, SP e que segundo a Polícia estava vivendo a pouco tempo em Rio Brilhante e na maior parte do tempo permanecia na praça central da cidade ingerindo bebida alcoólica junto com outras pessoas em situação de rua, inclusive Keoma.

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Claudomiro tinha 44 anos

De acordo com Alexandre Neves, no sábado (26) a tarde, Claudomiro, Keoma, Alessandro e outras pessoas foram até a região conhecida como “ponte do córrego Araras” para fazerem uso de bebida e assar carne. Em determinado momento houve uma discussão entre Keoma e a vítima. De posse de um pedaço de pau, Keoma golpeou de maneira violenta a cabeça de Claudomiro que caiu em seguida com ajuda de Alessandro ele foi arrastado em cima de um tapete de crochê até a mata a beira do córrego. Ao perceber que a vítima ainda estava viva, os suspeitos pegaram uma TV que já estava no local e colocaram o aparelho em cima do rosto de Claudomiro que teve a garganta cortada com os pedaços de vidros da tela vindo a morrer em seguida. Um dos suspeitos presos teria dito para o comparsa: ”agora que começou tem que terminar”. Ainda na noite deste domingo os suspeitos já haviam sido identificados pelos policiais.

As outras pessoas que estavam no local, teriam ido embora assim que as agressões começaram.

Os dois suspeitos abandoaram o corpo e fugiram até serem localizados pela Polícia. Eles responderão por homicídio qualificado pelo motivo fútil, podendo responder ainda por ocultação de cadáver. Keoma também é vai responder por uma tentativa de homicídio ocorrida no sábado (26) por volta das 18h na praça central, onde a vítima foi atingida com um golpe de faca de serra e ficou com a lamina dentro do abdômen. A principio o caso foi registrado como lesão corporal, mas de acordo com Alexandre Neves já é tratado como tentativa de homicídio. A vítima, um artesão de 52 anos morador em Tacuru esta internado em um hospital de Dourados, mas fora de perigo. O motivo seria uma briga entre Keoma e o artesão

Keoma já tem passagens pela Polícia, Alessandro até então não.

Segundo o delegado e investigadores do SIG, ambos os presos chegaram a parabenizar o trabalho policial por ter chegado neles tão rápido. Demostrando que após o crime estavam tranquilos, pois não contavam com a rápida ação de investigação.

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Tapete de crochê, TV quebrada e pedaço de pau usados pelos suspeitos

O corpo da vítima permanece no IML de Dourados. Agora a Polícia busca pela localização de familiares para sepultamento.

Uma mulher que se banhava no córrego na tarde deste domingo(27) foi quem localizou o corpo ao entrar na mata para urinar. Ela acionou a PM via 190 que esteve no local, bem como a Polícia Civil e a perícia técnica de Dourados.

MS É DESTAQUE NACIONAL EM ESCLARECIMENTOS DE HOMICÍDIOS

Recentemente a revista Veja destacou que Mato Grosso do Sul é o estado do Brasil que mais esclarece homicídios do país, com uma taxa de 55,2% de elucidações, seguido de São Paulo, 38,6 % e Rio de Janeiro que chega a apenas 11,6 %. Somente no passado a elucidação de homicídios no Estado chegou a 63%. A reportagem diz ainda que a parte mais visível e impactante do sistema de violência é a polícia, através da estrutura maior que vigia as ruas com seus agentes uniformizados e da investigação criminal realizada pela Polícia Civil, sendo que a representação de autoridade do Estado que o policial carrega tem enorme impacto na ordem pública, muito além da mera ação de caráter criminal

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Local onde corpo foi encontrado