28 de março de 2024
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CASO DANIEL

Polícia investiga se assassino ofereceu a mulher para sexo com jogador

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A Polícia Civil do Paraná investigará se o assassino confesso de Daniel Freitas, o empresário Edison Brittes, convidou o jogador para ter relações sexuais com a mulher dele, Cristiana Brittes. À Rede Massa, filiada do SBT no Paraná, uma testemunha afirmou que a situação ocorreu momentos antes de o meia ser assassinado.

A testemunha, que é uma pessoa que conhece um amigo próximo de Edison, disse que o empresário estava "muito louco" no dia do crime. "Convidou Daniel para dormir com a mulher dele. Ele sabia, a mulher também, foi um acordo. E depois que ele viu que realmente os dois estavam juntos na cama ele se revoltou e resolveu matar Daniel", disse o entrevistado ao jornal.

Ainda segundo a testemunha, Edison confidenciou a um amigo que teria utilizado drogas antes do crime, como cocaína e "bala". "A família tem direito de saber que Daniel não tentou estuprar ninguém, ele realmente foi inocente na história", conta.

Após essa versão do crime vir a público, o delegado de São José de Pinhais (PR), Amadeu Trevisan, convocará a testemunha para prestar depoimento. O responsável pela investigação já tinha descartado a acusação de tentativa de estupro por Daniel, conforme alegado pela defesa da família Brittes. Os advogados de Edison disseram que não vão comentar o que disse essa nova testemunha. 

Ao confessar a autoria do crime, Edison Brittes disse que flagrou Daniel tentando estuprar a esposa dele. Nesta quarta-feira (7/11), o assassino confesso prestou depoimento por mais de seis horas e reiterou que essa foi a motivação do crime. Mas a alegação do acusado e da família é mentirosa, de acordo com Trevisan.

PRISÕES

Após Edison ser ouvido pela polícia, a Justiça do Paraná pediu a prisão preventiva de mais três suspeitos que, segundo a polícia, estavam no carro quando o empresário Edison Brites levou o corpo do ex-jogador do São Paulo e desovou em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Eduardo Henrique Ribeiro da Silva,de 19 anos, foi detido ainda na quarta-feira (7/11), em Foz do Iguaçu. Ele é primo de Cristiana Brittes. Já David Willian Villero Silva, de 18, e Igor King, de 20, se apresentaram nesta quinta-feira (8/11). Edison, Cristiana e Allana Brittes, filha do casal, estão presos pelo crime e serão denunciados por homicídio qualificado.

Brittes, conhecido como "Juninho Riqueza", foi transferido nesta quinta-feira para o Centro de Triagem I, em Curitiba. A mulher dele, Cristiana, e a filha, Allana, foram encaminhadas para a Penitenciária Feminina, em Piraquara, na região metropolitana da capital. Eles cumprem prisão temporária pela morte do atleta no dia 27 de outubro e estavam detidos na Delegacia de São José dos Pinhais.

Antes de serem levados para os novos locais de detenção, Edison, Cristiana e Allana passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. A transferência tripla acontece no mesmo dia em que os jovens David Willian Villero Silva, de 18 anos, e Igor King, de 20, se apresentaram à polícia. Eles se juntaram a Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, de 19, preso na última quarta-feira, em Foz do Iguaçu (PR), e também devem ser transferidos, após serem ouvidos pela polícia.