25 de abril de 2024
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Ponta Porã

Sequestro de Pedrinho foi realizado por empregados da família

Dentre os autores, estão a empregada doméstica da casa e dois funcionários da empresa da família da vítima

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Ás 19h, foi realizada uma coletiva de imprensa na sede da investigação de Delitos na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã, para esclarecer fatos acerca do sequestro do garoto Pedro Urbieta de Souza, de 12 anos, filho do empresário Alexandre Reichardt de Souza, que aconteceu na manhã de quinta-feira, dia 17, em Ponta Porã quando a vítima era levada para a escola. O sequestro teve desfecho no mesmo dia, por volta das 23h30.

Foi preso em sua casa situada entre as Ruas Fernando de La Mora e Panchito Lopez, no bairro San Gerardo na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, Cesar Esteban Ojeda Sanchez, paraguaio, de 21 anos, um dos mentores do crime. Logo depois, a operação comandada pelo promotor Samuel Valdez acompanhado de agentes do grupo anti sequestro e polícia nacional do Paraguai juntamente com homens do Garras de Mato Grosso do Sul e policiais civis de Ponta Porã, prenderam em outras residências, Américo Sanchez; Felipe Luis Samúdio, padrasto de César e que é funcionário de uma das empresas da família; Vicente Ramão Pereira Arce, que está preso no presídio em Pedro Juan Caballero; Gustavo Alberto Iturbe Valdez, também funcionário de uma das empresas e concubino de Eunice Ojeda Sanchez, que é tia de Cézar e empregada doméstica na casa do avô da vitima e que também participou do sequestro do menino.

Na coletiva foi destacado o trabalho em conjunto das forças policiais brasileiras e paraguaias e foi feito um agradecimento ao Governo Federal do Paraguai que enviou o Grupo Anti Sequestro e ao Governador do MS Reinaldo Azambuja que envio homens do Garras para ajudar na elucidação do caso.ENTENDA O CASO:

Na manhã de quinta-feira, dia 17, em Ponta Porã, um garoto de apenas 12 anos foi sequestrado na área central da cidade.

Pedro Urbieta de Souza, que é filho de Alexandre Reichardt de Souza, um dos donos da loja Itapopo, foi sequestrado por homens encapuzados que estavam em um gol branco, modelo bolinha, placa brasileira.

Por volta das 23h30min do mesmo dia, o sequestro do menino chegou ao fim, sendo que os sequestradores fizeram dois contatos no inicio da tarde, em seguida nao teve mais contato com a família, o que causou certa estranheza por parte das autoridades policiais tanto do Brasil como também de Pedro Juan Caballero, Paraguai. Os autores do sequestro, sentiram a pressão das forças policiais que estavam empenhados em encontrar o cativeiro onde poderia estar o garoto e em um ato de surpresa levaram o garoto Pedrinho até a periferia da cidade de Pedro Juan Caballero onde o soltaram.

Em seguida, Pedrinho conseguiu uma carona e foi levado até a comissária 6ª onde foi entregue as autoridades paraguaias, que imediatamente entraram em contato com os seus familiares que foram até o local para buscá-lo.

O delegado Rodolfo Daltro disse que o resgate não foi pago e que isso foi uma grande vitória porque ficou demonstrado que o trabalho de busca pela localização de Pedrinho chamou a atenção dos sequestradores que acharam por bem libertar o menino.

Trabalharam na investigação agentes da Polícia Civil de Ponta Porã, com auxílio do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate) e agentes das forças policiais do Paraguai. Não houve confronto.

Pedrinho foi recebido em sua residência por familiares e amigos com muita alegria e comemoração. Os pais agradeceram o apoio de toda a comunidade, que fizeram orações e campanhas para que o garoto voltasse para casa são e salvo.