29 de março de 2024
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HOMICÍDIO | DOURADOS

Sócio, sobrinho-neto enforcou e golpeou Veríssimo com ferro até a morte

Depois autor criou cenário de execução para dificultar as investigações; crime ocorreu em 31 de março na Grande Dourados

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O sobrinho-neto Sauro Henrique Teixeira da Silva, de 28 anos, enforcou com uma corda, sufocou com uma capa de sofá e espancou o caminhoneiro Veríssimo Coelho dos Santos, de 61 anos, até a morte. Em seguida, a vítima foi colocada no banco do carona de sua caminhonete GM Silverado e abandonada na rua sem saída nos fundos de um condomínio fechado na região sul de Dourados, onde foi achado em 1º de abril.

A conclusão acima é do Setor de Investigações Gerais (SIG), que aponta ainda que antes de abandonar o corpo do parente, de quem era sócio na S.h.t. Transportes Ltda, Sauro mandou o cúmplice Gustavo Rodrigues de Souza, de 19 anos, vulgo “Gustavo Guerreiro”, descarregar a pistola 380 na direção da caminhonete e do cadáver. Para simular que o sócio tivesse sofrido um atentado. Gustavo disparou 18 tiros. 

Na sequência, segundo o SIG, a dupla entrou numa picape Strada de Sauro e deixou o local para esconder a arma e se livrar das provas do crime – a corda, a barra de ferro e a calça usada por Sauro, suja de sangue.

O inquérito foi conduzido pelo delegado do SIG, Erasmo Cubas. O Ministério Público denunciou por homicídio qualificado Sauro Teixeira, Gustavo Guerreiro e Miguel Sérgio Ovando, de 52 anos.

Acusado de levar Gustavo ao local do crime, Miguel estava com a prisão decretada e se apresentou na segunda-feira (19. abril). Ele se manteve em silêncio.

Gustavo disse que Miguel era caseiro na chácara de Sauro, onde Veríssimo foi morto. A defesa dele afirma que Miguel apenas criava galinhas na propriedade e cuidava dos cachorros quando o proprietário viajava.