29 de março de 2024
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50 tons de cinza atrai fãs e provoca revolta de religiosos

A história de E. L. James divide opiniõe, e estima-se que a estreia no Brasil levou meio milhão de pessoas às salas do cinema

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A adaptação do livro "50 tons de cinza" da escritora E. L. James, liderou a bilheteria nos Estados Unidos e no Canadá, e obteve US$ 81,7 milhões na venda de ingressos no fim de semana de estreia. Fora dos EUA conseguiu US$ 158 milhões, chegando a uma arrecadação global de US$ 240 milhões, nos 56 países onde está em cartaz.

A produtora do filme, Sam Taylor- Johnson se tornou responsável pela melhor estreia de um filme dirigido por uma mulher. Superou diretoras de 'Crepúsculo' e 'Frozen' no 1º final de semana.

A estreia do filme, no Brasil, levou cerca de 500 mil espectadores para as salas de cinema. Os números fazem parte de uma coleta de bilheteria de um circuito aproximado de 1.080 salas, do site “Filme B”.

O filme é adaptação do livro de E. L. James, que acompanha o intenso e sensual relacionamento entre uma estudante de literatura Anastasia Steele, interpretada por Dakota Johnson e o jovem milionário Christian Grey, representado por Jamie Dornan.

Grey é um homem atraente que possui preferências peculiares em uma relação. Ao conhecer o rapaz, Anastasia descobre seus desejos íntimos, e os segredos obscuros que Grey tenta esconder.

Em Campo Grande, o filme está em cartaz no Cinemark, Cinépolis e no UCI, todos com opção dublado e legendado.

No Brasil, o longa é indicado para maiores de 16 anos. Já nos EUA, menores de 17 anos só podem assistir ao filme acompanhado dos pais ou de algum responsável.

História de E. L. James divide opiniões, principalmente de religiosos.

Na tarde de ontem, cerca de 200 religiosos da Assembléia de Deus realizaram um protesto no Centro de Erechim, município do estado do Rio Grande do Sul, contra o filme.

Durante o feriado de carnaval, jovens da igreja participaram de um congresso onde foi discutido sobre a sexualidade saudável, pureza e romance. Ao fim do encontro resolveram protestar contra o sadomasoquismo a produção da diretora Sam Taylor-Johnson.

Os manifestantes percorreram a Avenida Sete de Setembro até o pórtico da cidade, com cartazes homenageando Jesus Cristo e repudiando o filme.

O bispo Edir Macedo publicou em seu blog que o filme é uma verdadeira história de “demônios da perversão”. Para ele o filme estimula a violência domestica dentro de casa, pois a autora traz um romance onde a mulher se submete a qualquer coisa para satisfazer o homem, inclusive tolera a violência sexual.

Se você assistiu e gostou do filme, e até mesmo esta permitindo que seus filhos assistam, segundo Macedo, “você está contaminando a sua mente com a sujeira deste mundo, e enchendo a mente pura e as emoções de seus filhos com desejos demoníacos que vão ficar com eles por toda a vida”.

O público do filme é em sua maioria mulheres. Em seu blog, o bispo afirma há esposas tentando aplicar a história em seu casamento para salvar o matrimônio,  mas estão iludidas pois “os demônios da depravação irão invadir suas vidas e destruir suas famílias”.