16 de abril de 2024
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Fim de semana

Musical conta história de uma das maiores rockeiras do Brasil, Cássia Eller

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“Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher”. Os versos de Renato Russo que Cássia Eller cantou por tantos anos falam muito sobre a personalidade da artista, uma verdadeira fera nos palcos, mas que podia ser um bicho arredio fora dele. Mulher de poucas palavras, cantora de infinitos sons e uma voz tamanha, doce e amiga na vida, foi forte e surpreendente na arte.

Com menos de 40 anos de vida e 20 de carreira, Cássia Eller partiu no auge e deixou uma obra eterna. Essa trajetória é encenada em ‘Cássia Eller – o Musical’, que estreia em Campo Grande, nos dias 06, 07, 08 e 09 de novembro, no Teatro Glauce Rocha, com sessões sexta às 21h, sábado às 17h e 21h, domingo às 19 horas e segunda às 20 horas. O musical tem direção de João Fonseca e Viniciús Arneiro, texto de Patrícia Andrade, idealização de Gustavo Nunes e produção da Turbilhão de Ideias Entretenimento. 

O patrocínio é do Banco do Brasil Seguridade. Fenômeno da cena teatral em 2014, o espetáculo estreou no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, passou por Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Brasília, Recife e Vitória assistido por mais de 60 mil pessoas. 

O papel-título é interpretado por Tacy de Campos, atriz e cantora de Curitiba que foi escolhida entre mais de 1000 candidatas que se inscreveram para as audições, quando foi definido também todo o elenco, que conta ainda com Eline Porto, Emerson Espíndola, Evelyn Castro, Jana Figarella, Jandir Ferrari, Thainá Gallo, Juliane Bodini. Os diretores João Fonseca e Viniciús Arneiro não poupam elogios à protagonista: “Tacy é sensacional, muito inteligente e intuitiva, além de ter uma voz incrível”, exalta João. “Ela surpreendeu a todos e, antes mesmo dela cantar, já estávamos magnetizados pela figura tímida e doce que ela é. Ao final da primeira música, ficamos um pouco em silêncio, admirados com o que estava diante de nós. Existem algumas semelhanças entre ela e a Cássia e foi essa pureza de estado que nos arrebatou”, complementa Viniciús. 

Para João Fonseca, esse é um espetáculo diferente dos musicais biográficos que ele dirigiu anteriormente (sobre Tim Maia e Cazuza). “É focado no essencial, simples e teatral como a própria Cássia. Apenas cadeiras, os atores e os músicos. A Márcia Rubin elaborou uma coreografia diferente, não é uma dança convencional, mas uma movimentação coreográfica”, acrescenta.

O texto de Patrícia Andrade flagra Cássia ainda antes do início da carreira e acompanha toda a sua trajetória musical - dos primeiros passos como cantora em Brasília a sua explosão nacional - sem deixar de lado seus amores, em especial Maria Eugênia, sua companheira com quem criou o filho Chicão. A autora fez um amplo mergulho na obra de Cássia e entrevistou familiares e amigos que a ajudaram a construir um mosaico fiel sobre a história da cantora. A direção musical é de Lan Lanh, que tocou anos com Cássia e tem total propriedade na obra da cantora. 

O roteiro passeia desde uma criação autoral quase obscura, como Flor do Sol, até algumas canções que ficaram imortalizadas por ela, como Malandragem (Cazuza/Frejat), Socorro (Arnaldo Antunes/Alice Ruiz) e Por Enquanto (Renato Russo). O amigo Nando Reis, que é também personagem do espetáculo, comparece com várias composições no repertório, como All Star, OSegundo Sol, Relicário, Luz dos Olhos e E.C.T., entre outras.

A banda é formada por Felipe Caneca (pianista), Pedro Coelho (baixista), Diogo Viola (guitarrista), Mauricio Braga (baterista) e Fernando Caneca (violonista). A ficha técnica do espetáculo completa-se com os figurinos de Marília Carneiro e Lydia Quintaes, iluminação de Maneco Quinderé, cenários de Nello Marrese e Natália Lana e direção de movimento de Márcia Rubin.

Serviço:

Data: Sexta-feira, 6 de novembro

Local: Teatro Glauce Rocha – Campo Grande

Tel.: (67) 3345-7262

Os ingressos variam entre R$ 40 e R$ 120.