20 de abril de 2024
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Prodígio sul-mato-grossense é destaque em feira realizada pela USP

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A participação do projeto do estudante Luiz Fernando da Silva Borges “Prendendo fantasmas em robôs: um novo método de controle e design para próteses mioelétricastransradiais e rearranjo neuronal do Mapa de Penfield para feedback tátil”, na FEBRACE, resultou na conquista pelo segundo ano consecutivo do prêmio destaque das unidades da federação, da Associação dos Engenheiros Politécnicos, como melhor projeto do Mato Grosso do Sul na edição deste ano da feira.O projeto orientado pelos professores, Leandro de Jesus e Diogo Chadus Milagres em colaboração com ogame designer da Pipoca Studios, ÉberJessé da Silva Peretto, consiste no desenvolvimento de um antebraço robótico que possui a capacidade de movimentar continuamente diversas articulações da mão e pulso, bem como restaurar a seu usuário a sensibilidade tátil. 

Voluntrio do experimento visualizando seu membro fantasma com a reflexo de seu membro remanescente (direito). Foto: Arquivo pessoal

Outros méritos conquistado pelo projeto do estudante Luiz Fernando, do Campi Aquidauana do IFMS, foram o Prêmio Contribuição em Tecnologia Assistiva CNRTA-CTI Renato Archer e o Prêmio Inovação em Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência, concedido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

O projeto teve início na metade do ano de 2015, com a criação de um programa de computador capaz de ler a atividade dos músculos restantes no coto do usuário e a “traduzir” em movimentos das 11 articulações da mão e pulso. Por meio do programa foi possível fazer com que um voluntário de 45 anos, que sofreu uma amputação transradial do braço esquerdo, pudesse controlar continuamente um antebraço e mão em um ambiente de realidade virtual de forma contínua.

Seleo brasileira para a Intel ISEF 2016, pela Febrace. Foto: Live stream da cerimnia de premiao.

 Segundo o estudante, a prótese recebeu patrocínio das filantropas Nilza Neves da Silva e Wanly Pereira Arantes, do programa de bolsas do IFMS/CNPq – PIBIC Jr, doação de equipamentos de Luciano ChedeAbad e participação voluntária do senhor Nilton Giraldelli. 

Luiz afirma que ‘as universidades e demais instituições públicas brasileiras devem criar protocolos que permitam o massivo investimento privado em tecnologias desenvolvidas em universidades, possibilitando aprimoramento, fazendo que as soluções cheguem nas mãos de quem precisa’. Ele diz que a falta de investimentos é o principal problema para pesquisas enfrentadas hoje no país.