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OPERAÇÃO TEMPUS VERITATIS

Veja quem são os presos e alvos da PF pelo golpismo do 8 de janeiro

Um dos alvos, coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto, já está nos Estados Unidos

Polícia Federal e Mauro Cid com Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/PF | REUTERS/Adriano Machado)

Generais, coronel, assessores, aliados políticos e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são alvos da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta 5ª feira (8.fev.24). 

A PF foi à casa de Bolsonaro, em Angra dos Reis, e apreendeu o celular de um de seus assessores, Tercio Arnaud Tomaz e determinou também que Bolsonaro entregasse o passaporte. Como o documento não estava na residência, os policiais deram 24h para que ele o entregue. Bolsonaro já disse que vai entregar, dizem fontes.  

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) estão realizadas em Mato Grosso do Sul e mais 9 estados, como mostramos mais cedo.  

Eis a lista de alvos da Operação Tempus Veritatis: 

Foram presos: 

Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.

O coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto, alvo do quarto mandado, não foi detido porque está nos Estados Unidos. O mandado de prisão será enviado ao Exército para que notifique o militar.

Os mandados de busca e apreensão atingem:

Jair Bolsonaro, ex-presidente;  Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição; Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública; General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército; Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha; General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado "gabinete do ódio"; Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército. Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército; Ailton Gonçalves Moraes Barros; Amauri Feres Saad; Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército; Cleverson Ney Magalhães; Eder Lindsay Magalhães Balbino; Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército; Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército; José Eduardo de Oliveira e Silva; Laércio Virgílio; Mario Fernandes; Ronald Ferreira de Araújo Júnior; Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros.

"Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital. O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022", explicou a PF

A operação foi chamada pela Polícia Federal de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", em latim.