18 de maio de 2024
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OPERAÇÃO TEMPUS VERITATIS

PF realiza buscas em MS e prende políticos, coronel e generais golpistas

Dentre os acusados pela investigação há generais de quatro estrelas, ex-ministro, assessores e aliados políticos de Jair Bolsonaro

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A Polícia Federal (PF), deflagrou na manhã desta 5ª.feira (8.fev.24) a Operação Tempus Veritatis, contra alvos que articularam um golpe de estado em 8 de janeiro de 2023, para impedir que o presidente eleito, Lula, governasse. 

"A investigação tenta elucidar a participação dessas pessoas nos atos do dia 8 de janeiro, quando milhares de manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes (Planalto, Congresso e Supremo)", diz a PF em nota

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com apurado pelo MS Notícias, golpistas que não tiveram os nomes divulgados foram alvos de buscas em Mato Grosso do Sul.

A PF disse que cumpre 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Alem de MS, são cumpridos mandados no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Dentre os acusados pela investigação há generais de quatro estrelas, ex-ministro, assessores e aliados políticos de Jair Bolsonaro. Foram citados pelo g1 como alvos da PF: Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Defesa Anderson Torres. Também receberam visita da PF o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. 

O site disse que foram presos o ex-assessor especial de Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins e o coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Tercio Arnoud Thomaz, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio” também está entre os mais de 30 alvos de busca e apreensão.

"Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital. O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022", explicou a PF.