AUTOSSUFICIÊNCIA
Pai recusa ajuda do Conselho Tutelar e diz que pagará psicólogo particular para filho que matou mãe
Apesar da recusa, o Conselho Tutelar aplicou uma advertência administrativa ao responsável
O pai da criança de dois anos que atirou acidentalmente e matou a própria mãe em Rio Verde de Mato Grosso (MS) recusou o atendimento psicológico gratuito oferecido pelo Conselho Tutelar.
O caso ocorreu no último fim de semana e segue em investigação pela Polícia Civil.
Falamos aqui a respeito do histórico do pai com armas de fogo.
Segundo o conselheiro tutelar Luan Melo, o órgão não foi acionado no dia da tragédia, mas recebeu um comunicado da Polícia Civil e contatou o pai na 2ª.feira (23). O homem afirmou que a criança está bem e sob os cuidados da família materna.
Luan informou que o Conselho Tutelar ofereceu apoio psicológico gratuito, mas o pai rejeitou o serviço municipal. Ele disse que a família tem condições financeiras e irá pagar por um atendimento particular para a criança.
Apesar da recusa, o Conselho Tutelar aplicou uma advertência administrativa ao responsável. O documento, segundo o conselheiro, serve para registrar o caso e manter um histórico de acompanhamento.
“A advertência não é uma punição, mas um alerta. Se houver outro episódio relacionado à criança, esse registro nos ajuda a agir com mais rapidez e contexto”, explicou Luan.
O pai da criança, que é produtor rural, também foi ouvido formalmente pela Polícia Civil. No depoimento, reafirmou que não viu o momento em que a criança teve acesso à arma de fogo.
De acordo com a delegada Danielle Felismino, responsável pelo caso, a arma envolvida é uma pistola 9 milímetros com porte e registro legal. Ela está apreendida, e a situação foi comunicada à Polícia Federal.
A delegada informou que a criança permanecerá com a família, pois não há indícios de negligência ou violência doméstica direta. Mesmo com registro em vídeo, a investigação aponta para um ato acidental.
O pai responderá em liberdade pelos crimes de omissão de cautela e homicídio culposo — quando não há intenção de matar. As autoridades seguem acompanhando o caso.
