MS Notícias

OPERAÇÃO SPOTLESS

Vereador e empresários passam a usar tornozeleira eletrônica

Operação levou à prisão o prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke; veja a lista de denunciados

Dono de ótica em Terenos, vereador Arnaldo Godoy Cardoso Glagau terá que usar tornozeleira eletrônica. Foto: Facebook

Os alvos da Operação Spotless — investigação que levou à prisão e à saída do então prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke — passaram a ser monitorados eletronicamente por determinação do desembargador Jairo Roberto de Quadros. A decisão alcança três empresários, entre eles um vereador do município que agora está afastado do cargo.

MONITORAMENTO E RESTRIÇÕES

O vereador afastado Arnaldo Godoy Cardoso Glagau, além de Rinaldo Córdova de Oliveira e Rogério Luís Ribeiro, estão obrigados a usar tornozeleira eletrônica. Eles também ficam proibidos de entrar em qualquer dependência da Administração Pública de Terenos, de manter contato com outros denunciados e de participar de licitações ou firmar contratos com o Poder Público.

Nenhum dos três havia sido preso quando a operação foi deflagrada, em setembro. A decisão publicada no Diário Oficial não detalha os argumentos apresentados pelo Ministério Público para solicitar o monitoramento.

EMPRESAS ENVOLVIDAS NO ESQUEMA

Glagau é proprietário da Agpower Engenharia; Rogério controla a Marsoft Informática Construções e Serviços; e Rinaldo é responsável pela Tecnika Construção e Locação de Equipamentos Ltda.

Todos são denunciados por participação no esquema de fraudes em licitações do município.

FRAUDE E PROPINA EM 11 LICITAÇÕES

Segundo o MPMS, Budke transformou a prefeitura em um “balcão de negócios” voltado ao desvio de recursos públicos. O órgão afirma que o esquema continuou mesmo após a Operação Velatus, deflagrada em agosto do ano passado.

A denúncia aponta que 11 processos licitatórios foram fraudados, com acertos para direcionar vencedores, cobrança de propina e alternância das empresas envolvidas para distribuir benefícios. O valor movimentado, entre contratos iniciais e aditivos, chegou a R$ 16,5 milhões. As licitações envolviam reformas de unidades de saúde, escolas, calçadas e obras de pavimentação.

LISTA DE DENUNCIADOS

Além de Budke e dos três empresários monitorados, foram denunciados: