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CORRUPÇÃO | MARACAJU (MS)

Após horas de fuga, Maurílio Azambuja, ex-prefeito de Maracaju é preso na Capital

Operação Dark Money conseguiu prender 6 alvos do alto escalão no dia em que foi deflagrada, só Maurílio estava foragido; são suspeitos de desviar R$ 23 milhões dos cofres públicos

Este é Maurílio Azambuja. Foto: Tero Queiroz

Maurílio Azambuja (MDB), ex-prefeito de Maracaju foi preso nesta noite de sexta (24.set.21) após se apresentar com o advogado na sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) que o procurava há 2 dias, depois de secretários e empresários serem presos pelo desvio de R$ 23 milhões, suposto desvio cometido quando Maurílo esteve prefeito, de 2019 a 2020. 

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O político teve pedido de revogação da prisão temporária negado pela Justiça ainda nesta sexta. Ele era caçado pela Operação Dark Money, que conseguiu a prisão de Lenilson Carvalho Antunes, de 44 anos, (ex-secretário de finanças do município), Daiana Cristina Kuhn, de 37 anos, (ex-secretária municipal de administração), Iasmin Cristaldo Cardoso, de 28 anos, (ex-diretora do Departamento de Tesouraria), Fernando Martinelli Sartori, de 36 anos, (ex-assessor especial de gabinete), o empresário Pedro Emerson Amaral Pinto – dono da Tapeçaria Lobo, de 67 anos e Moisés Freitas Victor, de 20 anos, esse último teria ligação com o dono da tapeçaria.

Só Maurílio fugiu, os demais foram presos no dia em que a operação foi deflagrada, 22 de setembro, manhã da quarta-feira passada. 

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“Ele foi apresentado e vai prestar depoimento na segunda-feira”, disse o advogado de Maurílio, Rodrigo Dalpiaz.

A operação investiga se o grupo criou uma conta bancária “fantasma” utilizada em 2019 e 2020, nos dois últimos anos da administração do ex-prefeito Maurílio, para movimentação de recursos públicos com emissão de notas frias.

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“Muitas das empresas beneficiárias não mantinham relação jurídica com a prefeitura. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas, operações legais que devem ser observadas pelos entes públicos”, argumentam os investigadores.

O ex-prefeito fez exame de corpo de delito e, na sequência, foi transferido para a carceragem da 3ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, no Bairro Carandá Bosque.