25 de abril de 2024
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CORRUPÇÃO | INTERIOR

Vaza lista: Maurílio Azambuja, ex-secretário e outros 6 devem ser presos em MS

Ex prefeito, secretário de Finanças e empresários teriam atuado em esquema que causou prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos

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O ex-prefeito de Maracaju (MS), Maurílio Ferreira Azambuja, o ex-secretário de finanças, Lenilson Carvalho Antunes, Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Emerson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartor e Moisés Freitas Victor, devem ser presos nesta quara (21.set) pelo prazo de cinco dias.

As buscas e prisões ocorreram nesta manhã e uma lista, possível foto do despacho de prisão, revelou os nomes dos alvos da operação. Apesar disso, não se sabe até agora, quais dos procurados já foram localizados.  

Lista a que a reportagem teve acesso. Foto: DR Lista a que a reportagem teve acesso. Foto: DR 

A delegada Ana Cláudia Medina disse que as prisões são consequências de um trabalho de investigação que apurou um esquema criminoso que em 2019/2020 desviou mais de R$ 23 milhões dos cofres públicos de Maracaju-MS. Chamada de “Dark Money” a operação está sob o comando do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). 

Maurílio em seu gabinete de prefeito de Maracaju, ao lado (E) está Lenílson, então secretário de Finanças. Foto: Tero QueirozMaurílio em seu gabinete de prefeito de Maracaju, ao lado (E) está Lenílson, então secretário de Finanças. Foto: Tero Queiroz

“A expressão Dark Money é uma alusão à natureza do dinheiro, fruto da corrupção sistêmica que atinge setores públicos e perpetrada por seus gestores”, explicou Medina.

As bauscas tiveram início às 6 horas desta quarta-feira, e estão sendo realizadas no município de Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolvem 60 policiais civis do estado do MS e ainda na cidade de Umuarama através de uma equipe da PCPR.

ESQUEMA 

Dracco realizou apreensão de quantias ainda não divulgadas. Foto: DraccoDracco realizou apreensão de quantias ainda não divulgadas. Foto: Dracco

Os presos são servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020 e empresários e empresas com envolvimento no esquema.

De acordo com os investigadores da “Dark Money”, os suspeitos criaram conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano.  

“A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos”, diz a Polícia. 

Foram encontrados alvos no estado do Paraná. Ele acabou localizado e preso em um hotel da cidade. 

Além das prisões, nesta manhã a Polícia disse que pediu ao judiciário o bloqueio de bens.