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ELEIÇÕES 2026

Vander cresce e ameaça 2ª vaga ao Senado em MS

A um ano da eleição, levantamento mostra Reinaldo Azambuja com 11,71% para o Senado, mas disputa por segunda vaga se acirra. Para a Câmara, empresário Carlos Bernardo (PT) surpreende e entra no top 10

Avanço de Vander pressiona direita na corrida ao Senado em MS. Fotos: Reproduções

Os mais de 1,96 milhão de eleitores de Mato Grosso do Sul irão às urnas em 2026 para escolher dois senadores, oito deputados federais e 24 estaduais.

A um ano da eleição, várias pré-candidaturas já estão em teste nas pesquisas que vêm delineando tendências no estado.

As múltiplas sondagens de intenção de voto indicavam, até pouco tempo, um cenário relativamente estável no MS.

Agora, com dados recentes do Idope, surgem sinais de equilíbrio onde havia domínio absoluto de certas candidaturas.

SENADO

Pesquisa realizada pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência entre os dias 1º e 6 de setembro deste ano, com 3.000 entrevistados de 16 anos ou mais em 30 municípios de Mato Grosso do Sul, revela que Vander Loubet (PT-MS) segue como o deputado federal mais bem avaliado pela população do estado.

No pleito ao Senado, Reinaldo Azambuja (PL) mantém folga e lidera a disputa por uma das vagas.

A segunda vaga, antes atribuída com mais força a Nelsinho Trad (PSD), agora divide espaço com o deputado Vander Loubet (PT).

Originalmente, Nelsinho era cogitado para compor chapa com Azambuja.

Mas alas bolsonaristas têm pressionado por opção pura do PL, com Giani Nogueira, vice-prefeita de Dourados, sendo apontada como alternativa.

O crescimento de Vander e a queda de Nelsinho refletem episódios decisivos e posicionamentos políticos recentes.

No cenário nacional, pautas controversas à direita (como a PEC da Bandidagem e apoio a sanções internacionais) têm enfraquecido o bolsonarismo e favorecido candidatos alinhados ao governo Lula.

Essa correlação de temas ressurge nos estados, inclusive no MS: lideranças que criticaram a direita ganharam eco popular.

E assim, nomes que eram tidos como consolidados veem sua vantagem ameaçada.

DADOS DA PESQUISA IDOPE

Até as eleições de 2026, faltam aproximadamente um ano. O primeiro turno está marcado para o dia 4 de outubro de 2026. Foto: Chico Ribeiro

O levantamento foi realizado entre 20 e 30 de setembro, em 25 municípios de MS.

Foram ouvidas 3.655 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%.

Em segundo lugar, Nelsinho tem 8,19%, mas já é seguido de perto por Contar (7,74%), Gerson Claro (5,81%), Simone Tebet (5,55%), Vander (5,51%), Soraya Thronicke (5,44%) e Marcos Pollon (5,43%).

Os votos brancos e nulos somam 17,47%.

Tereza Cristina foi citada em algumas sondagens, mas como ela já ocupa mandato no Senado, não disputará em 2026.

BERNARDO, A NOVIDADE

Carlos Bernardo começa a projetar-se em outras regiões, prestando contas, falando de seu trabalho como investidor vitorioso no ensino superior (Medicina) e prestigiado por líderes como o presidente Lula, Vander e o ex-governador Zeca do PT. Foto: Reprodução

Entre os pré e possíveis candidatos à Câmara dos Deputados, a principal novidade entre os 10 mais citados (com 1% ou mais) é o empresário Carlos Bernardo (PT), de Ponta Porã.

CEO da Universidade Central do Paraguai (UCP), em Pedro Juan Caballero, ele disputou uma vaga para deputado federal em 2022 e para prefeito em 2024.

Diferente dos demais, Carlos optou por limitar sua atuação à região de fronteira, sem investir na massificação do nome em todo o Estado — uma decisão que ele classifica como ética.

Agora, começa a se projetar em outras regiões, apresentando resultados de sua trajetória no ensino superior (principalmente em cursos de Medicina) e sendo prestigiado por líderes como Lula, Vander Loubet e o ex-governador Zeca do PT.

Enquanto isso, os demais nomes do Top 10 são de políticos com mandato ou forte presença midiática nos 79 municípios.

INTENÇÕES DE VOTO – CÂMARA DOS DEPUTADOS

Na pesquisa espontânea do Idop:

Caso Vander confirme candidatura ao Senado, a 10ª posição fica com Luiz Ovando (0,93%), seguido por Camila Jara (0,92%).

Entre os 12 nomes mais citados, Carlos Bernardo é o único que nunca teve mandato político.

Os votos brancos e nulos somam 13,05%. Indecisos são 53,35%.

PESQUISA ESTIMULADA

Na pesquisa estimulada:

Duas mudanças ocorrem:

Entram:

Carlos Bernardo mantém-se entre os 10 mais citados.

DEPUTADOS ESTADUAIS – NOMES CONSOLIDADOS E SURPRESAS

Para a Assembleia Legislativa, a pesquisa confirmou a liderança de André Puccinelli (4,09%) e a consolidação de nomes como Gerson Claro, Zé Teixeira e Zeca do PT.

Entre as novidades, aparecem representantes da direita, como Marco Santullo (PP), e da esquerda, como os vereadores Landmark Rios e Jean Ferreira, ambos do PT.

LANDMARK: DO LEGISLATIVO MUNICIPAL AO ESTADUAL

Landmark Rios, eleito vereador de Campo Grande pelo PT em primeira disputa, ganha projeção estadual. Foto: Reprodução

Landmark e Jean são estreantes, mas têm atuação destacada. Landmark, em especial, chamou atenção por posições firmes, engajamento em pautas sociais e por apresentar projetos de impacto.

Mesmo com apenas 0,28% na pesquisa espontânea, figura entre os 50 mais citados, na 48ª posição. Eleito vereador com apoio de Vander Loubet, integra a bancada do PT ao lado de Jean e Luiza Ribeiro, além de dividir espaço com Marquinhos Trad (PDT), nome experiente também bem posicionado no levantamento.

TOP 14 DA ESPONTÂNEA PARA ESTADUAL

Os nomes com mais de 1% de citação foram:

Brancos e nulos: 13,47%
Indecisos: 43,20%