24 de abril de 2024
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REFLEXOS DA CPI

Nise Yamaguchi confirmou a existência do "Gabinete Paralelo" de Bolsonaro

Medica oncologista, que defende medicamentos ineficazes contra a Covid-19, mentiu aos senadores durante seu depoimento

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Apesar de suas várias contradições apresentadas ontem (1º.jun.2021), durante seu depoimento na CPI da Pandemia, a médica Nise Yamaguchi entregou um documento que comprova a existência do tão citado como possível "gabinete paralelo" no governo de Jair Bolsonaro.

Segundo apurações da jornalista Malu Gaspar - em sua coluna no Globo -, trata-se de uma minuta de um decreto a ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que determinava a distribuição de medicamentos contraindicados para o combate à Covid a toda a rede pública de Saúde.  

Conforme o Portal Brasil 247, com isso, Yamaguchi comprovou o que disseram Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta anteriormente à CPI, de que havia um decreto sobre a mesa de Bolsonaro e que nessa ocasião Nise dizia que era preciso mudar a bula da cloroquina.

Essa minuta encontra-se em troca de mensagens feita por WhatsApp com outro dos médicos que partipariam do gabinete Luciano Dias de Azevedo.

Nise Yamaguchi mentiu aos senadores e caiu em contradições em diversas ocasiões. Mesmo negando participar de um "conselho paralelo", Nise reconheceu ter trabalhado como "voluntária" com um "grupo de médicos" junto ao governo Bolsonaro.

Em defesa da médica que compra suas ideias com remédios ineficazes contra Covid-19, como a cloroquina e ivermectina, Bolsonaro ofereceu solidariedade através das redes sociais, dizendo que Nise foi tratada de forma "covarde".

Segundo informações da Agência Senado, Omar Aziz se mostrou insatisfeito com o depoimento de Nise Hitomi Yamaguchi, avisando que será preciso fazer acareação com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta ou com o diretor-presidente da Anvisa.