Derrotado e visivelmente desorientado, após ser arquivada na Câmara dos Deputados a proposta de retorno ao "voto impresso", o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Junto a apoiadores, Bolsonaro também repetiu, sem provas, que a eleição de 2022 não será confiável. Ele também inventou uma sequência de histórias, ligando o "Fórum de São Paulo" às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Bolsonaro disse no cercadinho nesta manhã que foram desviados 12 milhões de votos que teriam sido destinados a ele em 2018. Apesar das histórias, Bolsonaro afirmou mais de uma vez não ter provas do que estava afirmando.
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— MS Notícias (@msnoticias_ms) August 11, 2021
Votaram a favor do voto impresso 229 dos 513 deputados. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), eram necessários no mínimo 308 votos.
Outros 218 deputados votaram contra o voto impresso. E 65 deputados se abstiveram ou se ausentaram. Aqueles que não votam contribuem para a derrubada da proposta, já que dificultam a chegada à marca dos 308.
No cercadinho, nesta manhã , Bolsonaro mentiu aos apoiadores, dizendo que metade do parlamento votou a favor do voto impresso e que os 218 que votaram contra e os 65 que se abstiveram ou se ausentaram agiram dessa maneira por terem sido chantageados.
"Número redondos, 450 deputado votaram ontem, foi divido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí", disse Bolsonaro.