24 de abril de 2024
Campo Grande 20ºC

PARALIPÍADA DE TÓQUIO

'Cowboy de Aço', de Eldorado, Rufino é ouro na Tóquio-2020

Ele atingiu feito histórico nas raias do Sea Forest Waterway, na capital japonesa

A- A+

O ‘Cowboy de Aço’, natural de Eldorado (MS), Fernando Rufino de Paulo conquistou o ouro na Paralimpiada de Tóquio-2020, em disputa nesta sexta (3.set). 

Ele saiu vitorioso na disputa de canoa 200 metros da classe VL2 (havaiana para atletas com deficiência física). 

Carinhosamente chamado de “Cowboy de Aço”, ele foi criado em Itaquiraí (MS), e no Japão se tornou o atleta a atingir o maior tempo da história da prova, com a marca de 53s077. 

Ele atingiu o feito nas raias do Sea Forest Waterway, na capital japonesa.

O paratleta de MS cruzou a linha de chegada com mais de dois segundos à frente do segundo colocado, o estadunidense Steven Haxton (55s093). O bronze ficou com Norberto Mourão, de Portugal, que fez o tempo de 55s365.

“Essa medalha aqui é nossa, é minha e de todo o povo brasileiro. Essas listras na minha blusa aqui do verde, amarelo e azul aqui simbolizam essa medalha e é para vocês, povo do meu Brasil, povo do sertanejo, do campo, da cidade”, comemorou o peão da paracanoagem, em entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “‘(sic)Tamo junto’ aqui. Essa conquista é nossa. Deus nos presenteou, minha família. ‘Bão demais!’ Muito contente com essa medalha. Vamos comemorar que agora é só alegria”, prosseguiu.

Rufino ainda fez uma reflexão sobre a pandemia e dedicou a medalha histórica às vítimas da Covid-19. “Este ouro dedico ao ano difícil de pandemia que as pessoas tiveram, a todos que perderam pessoas queridas. Eu perdi gente que amava. Este ouro é uma forma de alegrar o povo. O brasileiro é um povo lutador e vibrou comigo”.

Esta foi a primeira participação do “Cowboy de Aço” numa Paralimpíada. O sonho de vestir as cores do Brasil em Jogos Olímpicos poderia ter sido realizado em 2016, no Rio de Janeiro, porém o paracanoísta, contemplado pelo Bolsa Atleta, programa do Governo do Estado, administrado pela Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), foi cortado da seleção tupiniquim por problemas cardíacos.

Na Tóquio-2020, o sul-mato-grossense também disputou os 200 metros KL2 (caiaque) e acabou na sexta posição, com a marca de 43s217. A canoagem brasileira volta para casa com o ouro de Rufino e duas pratas: a de Giovane Vieira de Paula (200m VL3), faturada nesta sexta-feira (3) e a de Luis Carlos Cardoso (200m KL1), na quinta-feira (2).

COLOCAÇÃO BRASILEIRA 

Nosso dia fechou com essa colocação no quadro de medalhas. Daqui a pouco tem mais.