Simone Silvo e Silva de 29 anos está sendo acusada de ser cúmplice na fuga de seu marido, Lázaro Barbosa - que ficou conhecido como o "Serial Killer de Brasília". Em reportagem do portal UOL, ela relatou que tem sofrido ameaças de morte e contou que foi torturada por policiais que buscavam alguma informações sobre o paradeiro do foragido, que é suspeito de matar, pelo menos, quatro pessoas no Distrito Federal. 

Para a equipe de reportagem, ela disse que os policiais, inclusive, ameaçaram afogá-la caso não informasse a localização de seu marido. Um oficial teria batido quatro vezes em seu rosto e a intimidou, quebrando um cabo de vassoura. 

Em uma espécie de súplica pessoal ela pedia a Deus que não fosse vítima do que julgou como abuso de autoridade."Eu pensei comigo: Senhor, eu não acho justo eu apanhar com esse cabo de vassoura. O Senhor sabe que eu não sei onde ele está. Eles não podem bater na gente assim", completou.

Ainda, Simone também disse em relato que algumas pessoas, de sua própria vizinhança, tem feito ameaças por acreditarem que ela tem sido cúmplice e ajudado na fuga 

"Muitos estão falando que eu era cúmplice, que eu sabia de tudo, que eu tinha que morrer. Hoje mesmo uma mulher me falou para eu não ficar andando na rua, porque tem muita gente comentando: por que não mata a mulher dele? Corta o pescoço dela para ver se atinge ele, se ele se entrega".

Durante reportagem do Domingo Espetacular, além da esposa de Lázaro, alguns líderes religiosos de espaços tradicionais de matriz africana, no Estado de Goiás, também relataram ações violentas de policiais durante as buscas. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás afirmou que a polícia age de acordo com protocolos, e que as denúncias serão apuradas.