A polícia achou hoje (30.jul.21) ossadas humanas que podem pertencer à Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 anos, e Fernando Henrique, de 12 anos, desaparecidos desde 27 de dezembro de 2020. As ossadas estavam numa altura de rio em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ).
A Delegacia de Homicídios da Baixada e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas no local diante de novas pistas apresentadas há 2 dias.
Na quarta (28.jul.21), um homem se apresentou à Polícia Militar e acusou o irmão de ter participado da ocultação dos corpos dos meninos.
O trio de meninos havia saído de suas casas para brincar no campo de futebol próximo e não voltaram mais.
O suspeito de ocultar os corpos foi localizado e levado à delegacia junto com o irmão que fez a denúncia. Ambos possuem passagem na polícia por tráfico de drogas. A polícia não informou se eles ficaram presos.
O irmão acusado revelou que o traficante José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como "Piranha", teria mandado espancar e matar as crianças. E a causa seria o roubo de uma gaiola de passarinhos, segundo as investigações.
Depois, o irmão dele teria levado os corpos até um lugar chamado de Ponto do Ferro 38, por onde passa um rio que corta a cidade da Baixada. Foi esta a área vasculhada pela polícia nos últimos dois dias.
Além de suspeito de mandante dos assassinatos, José Carlos também foi denunciado e é procurado pela polícia por ter ordenado a tortura de um homem inocente, que foi apontado erroneamente como autor do crime.
A ossada encontrada será encaminhada para exames periciais no Instituto Médico Legal (IML). As investigações e as buscas continuam.
TORTURADORES
Dez suspeitos viraram réus por torturar um homem acusado injustamente pelo sumiço dos meninos.
Segundo a polícia, o homem é inocente e foi espancado e surrado a mando de traficantes de uma organização criminosa.
Entre os denunciados, está o tio de Lucas e Alexandre, que teria atraído o homem até o local onde ele foi agredido pelo grupo.
Entre os denunciados também está Wiler Castro da Silva, vulgo "Estala", gerente do tráfico de drogas do Castelar e apontado como suspeito do desaparecimento das crianças.