A busca pelo divórcio teve um significativo aumento no período de isolamento social, gerado pela pandemia. A intensa convivência ocasionada pelo período de quarentena, provocou uma sobrecarga física e emocional nas famílias.
Claro, que para muitas famílias, essa foi uma ótima oportunidade para uma maior conexão entre os cônjuges. Porém, para outros, essa conexão, essa convivência, levou à tona a vulnerabilidade do relacionamento entre os cônjuges. O confinamento em casa, em virtude da pandemia, a preocupação em relação ao contágio, somado a fatores emocionais, financeiros, dentre outros, acabaram por testar a solidez dos relacionamentos conjugais.
Importante ressaltar que, antes da pandemia, alguns casais mal se falavam, se viam, existia um dia a dia robótico, que provavelmente disfarçava algum desgaste, algum ruído, na estrutura do casal.
Podemos citar ainda, o grande vilão, chamado estresse, também reflexo da pandemia. Um estresse difícil de gerir, difícil de estabilizar e que necessita de entendimento de ambas as partes.
Segundo o levantamento do Colégio Notarial do Brasil (CNB/CF), o segundo semestre de 2020 registrou o maior número de divórcios registrados em cartórios no Brasil, foram 43,8 mil processos, um aumento de 54%, em todo o Brasil.
Certas situações que vivenciamos, como este momento, exigem extensa reflexão, antes de qualquer decisão sobre a continuidade ou o final de um relacionamento conjugal.