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GUERRA | ORIENTE MÉDIO

Chanceler de Israel diz que 'brasileiros' apoiam massacre na Palestina e ataca Lula

Governo de Israel passou à atacar o presidente brasileiro com mentiras, após presidente apontar genocídio contra palestinos

Israel Katz e a imagem publicada por ele nas redes do ato pró Bolsonaro.

O ministro de Relações Exteriores do governo sionista de Israel, Israel Katz, usou uma imagem do ato de Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista, ocorrido neste domingo (25.fev.24), para atacar o presidente Lula (PT) e, ainda disse, que os brasileiros apoiam o massacre do exército de Israel contra os palestinos. Veja o post: 

Como mostramos aqui no MS Notícias, o chanceler passou à atacar o presidente brasileiro com mentiras, após Lula criticar o massacre de mulheres e crianças palestinas e comparar o extermínio ao genocídio praticado por Adolf Hitler, ditador alemão algoz dos Judeus (maioria do povo em Israel). 

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Em evento da Petrobras na 6ª feira (23.fev), Lula voltou a afirmar que o governo israelense está cometendo um “genocídio” em Gaza. “Se isso não é genocídio, eu não sei o que é” , declarou.

Lula lamenta massacre de crianças em guerras no Oriente Médio, Europa e Ásia 143 DIAS DE GUERRA 
Civis palestinos colaboram na busca de corpos e sobreviventes que permanecem sob os escombros de edifícios destruídos na Faixa de Gaza. - Foto: @pmofa

O governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu havia matado 29.782 palestinos até 5ª.feira (23.fev.24). “Pelo menos 90 pessoas foram mortas e outras 164 ficaram feridas em ataques israelenses nas últimas 24 horas”, explicaram fontes médicas à Agência Wafa.  

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Segundo o último relatório do ministério da Saúde palestino acessado pela reportagem, do total de pessoas mortas pelo exército de Israel na Faixa de Gaza, 12.300 eram crianças e 8.400 mulheres. As forças de Israel deixaram ainda mais de 69.737, incluindo pelo menos: 8.663 crianças e 6.327 mulheres. Outras 7 mil pessoas.  

GUERRA HOJE (26.FEV.24)

Os militares israelenses bombardearam e dispararam contra multidões de palestinos que esperavam a chegada de caminhões de ajuda alimentar à Cidade de Gaza, matando 10 pessoas.

Netanyahu quer tomar Gaza e transferir sobreviventes para a Península do Sinai

Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas no ataque, que ocorreu na noite de domingo na estrada costeira no norte da Cidade de Gaza. Eles foram transferidos para o Hospital al-Shifa, nas proximidades.

“Os relatos de que um bebê de dois meses morreu de fome em Gaza são horríveis”, disse a UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos, numa publicação nas redes sociais.

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Fotografias e testemunhos documentaram o exército israelita a atacar duas irmãs palestinianas, matando uma delas, enquanto procuravam alimentos em terras agrícolas em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza.

O gabinete de guerra israelita aprovou um plano militar para “fornecer assistência humanitária” na Faixa de Gaza.

Uma ofensiva militar de Israel contr a cidade de Rafah, onde milhões de Palestinos estão 'encurralados', no extremo sul de Gaza , poderá ser “adiada” se for alcançado um acordo para uma trégua de semanas entre Israel e o Hamas , disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no domingo (25.fev.24). 

PLANO MACABRO DE NETANYAHU

Analistas políticos dizem que a estretégia política de Netanyahu faz parte de um plano mais amplo para despovoar Gaza e prolongar a sua sobrevivência política, já que muitos prevêem que ele será afastado do seu posto após a guerra.

Mas os líderes mundiais alertaram que um ataque em grande escala a Rafah é uma “linha vermelha”.

Rafah é a última cidade no território palestino. Netanyahu quer usar o massacre para empurrar o povo ao outro lado da fronteira. 

Até o momento, Israel matou 28 mil palestinos, a maioria crianças e mulheres exterminadas.  

“A máquina de guerra israelense está atacando Rafah com intenções genocidas”, disse Omar Rahman, especialista em Israel-Palestina do think tank Conselho do Médio Oriente para Assuntos Globais.

Apesar da próximidade com o Egito, entrar no país afrinano não é simples, pois há um custo alto: “Neste momento é muito caro para qualquer um tentar e ter recursos para entrar no Egito. Requer cerca de US$ 5.000 e poucas pessoas têm esse tipo de dinheiro", explicou Haneen Rizk, funcionária da Agência de Ajuda às Nações Unidas (UNRWA), que fornece educação, cuidados de saúde e outros serviços de ajuda aos refugiados palestinos nos territórios ocupados e nos estados vizinhos.  

Desde o início da guerra, o Presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, declarou publicamente que não receberá refugiados palestinos por receio de que isso “acabaria com a causa palestina” e ameaçaria a segurança nacional do Egito. O líder egípcio apelou a um cessar-fogo para evitar uma catástrofe humanitária que poderá complicar ainda mais as suas relações diplomáticas com Israel.

FONTE: AL JAZEER