A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta 4ª feira (23.jul.25) a Operação Portare, contra fraudes em contratos de locação de veículos para o DSEI de Cuiabá (MT). A íntegra.
Uma das empresas investigadas está sediada em Campo Grande (MS), na Avenida Fernando Corrêa da Costa.
'OS CUNHA'
O nome da investigada não foi divulgado oficialmente, mas trata-se da Cunha Locação Serviços e Transportes, aberta em 2014 com capital social de R$ 30,5 milhões, que tem como sócio-administrador Eder Lincoln Gonçalves da Cunha.
A reportagem verificou que Eder já foi destaque no MS Notícias por atirar e balear o próprio filho, Endreo Lincoln Ferreira da Cunha, em 2019. Endreo, por sua vez, já havia sido notícia em 2011 e condenado a 3 anos de prisão por matar um policial atropelado.
Eder se tronou sócio-administrador da empresa em 2023. O Cartão CNPJ.
PORTARE
A operação mira o desvio de R$ 1,3 milhão em contratos emergenciais firmados entre 2023 e 2024.
Também foram identificados indícios de superfaturamento, fraude em licitação e pagamento de propina a servidores.
A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 20 milhões em bens dos investigados.
A ação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal.
As diligências ocorrem em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro e Boa Vista.
Dez pessoas tiveram bens sequestrados por decisão judicial.
Dois servidores públicos foram afastados de seus cargos durante a operação.
GOLPE NO DSEI
As investigações começaram a partir de denúncias anônimas sobre irregularidades no DSEI-Cuiabá, chefiada por Osmar Bororo, que foi indicado pelas lideranças indígenas para o cargo.
O contrato investigado previa a locação de veículos para atendimento a comunidades indígenas.
A apuração revelou possível favorecimento de empresas e acertos prévios entre gestores e contratadas.
Servidores do DSEI teriam recebido pagamentos indevidos para direcionar licitações.
Uma licitação homologada em 2025, no valor de R$ 25 milhões, apresentou novos indícios de ilegalidades.
O principal item do edital foi vencido por proposta considerada suspeita.
A PF aponta ausência de critérios técnicos, sobrepreço e possível manipulação de resultados.
NOME DA OPERAÇÃO E ACUSAÇÕES
O nome da operação, "Portare", faz referência ao transporte como eixo central da fraude.
Os crimes investigados incluem corrupção, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.











