Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgados nesta 6ª feira (26.fev.2021), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a taxa de desemprego encerrou o ano de 2020 em 13,9%.
A taxa média do ano passado ficou registrada como a maior da série, iniciada em 2012. Em 2020 a média anual ficou em 13,5 e estima-se que o número de brasileiros desempregados até dezembro era de 13,9 milhões.
Segundo informações do portal G1, essa foi a terceira queda seguida registrada. No ano passado, o período trimestral de julho a setembro marcou a maior taxa, chegando à 14,6%, pelos dados do IBGE.
Na pesquisa ressalta-se que o registro do ano passou ficou 6,7 pontos percentuais acima do índice de 2019. Desde 2012 também, a média anual da população ocupada foi a menor desde o início da série, 86,1 milhões.
Redução também no número trabalhadores com carteira assinada, em 30,6 milhões, que fica com o recorde do menor contingente desde 2012. Não só ele, mas, a quantidade de trabalhadores domésticos também encolheu em uma marca recorde, 19,2%. No ano passado massa de rendimentos de todos os trabalhadores encolheu 3,6% frente ao ano anterior, e agora soma R$ 213,4 bilhões.
Especialistas não deixam de fora da análise os impactos da pandemia, com a necessidade de medidas de distanciamento social para o controle da propagação do vírus. Diante da crise sanitária, os dados mostram que apenas o setor da administração pública criou vagas no ano passado.
SITUAÇÃO POR SETOR
Administração pública, apesar da alta média não ser expressiva, 1%, em números são mais de 172 mil trabalhadores, que foi impulsionada pelos segmentos da saúde e educação, única exceção que criou vagas em 2020.
No comércio, o setor acumulou perda de 9,6% na população ocupada em 2020. Correspondendo à 1,7 milhão de pessoas, entre as 10 atividades pesquisadas, essa foi a maior redução anual em termos de contingente de trabalhadores.
A construção teve queda média anual de 12,5% na ocupação, enquanto a indústria registrou perda média de 8%. Alojamento e alimentação (-21,3%), serviços domésticos (-19%), agricultura (-2,5%) e informação e comunicação (-2,6%) foram os maiores tombos, com menores percentuais de redução