O novo coronavírus é um novo vírus tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus. As autoridades de saúde da China informam que o número de pessoas diagnosticadas com a pneumonia causada pela nova variante do coronavírus passou de 7,7 mil. O número de mortos por coronavírus na China já chegou a 170 - dados de 30 de janeiro de 2020. No Brasil, até o momento, não há casos confirmados.
O que é o novo coronavírus?
De acordo com informações do Ministério da Saúde, geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum.
Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
O coordenador do curso de Biomedicina da Unigran Capital, professor mestre em Ciências da Saúde, Maicon Leitão, explica que os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos há muitos anos, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.
“O que sabemos até agora, é que o coronavírus surgiu no fim do ano, na China, em um mercado de frutos do mar, mas ainda não sabemos tudo sobre ele. Sabemos que grande parte do material genético é similar a de um morcego, mas com traços de uma cobra. As pesquisas ainda estão evoluindo nesse sentido. É um grupo de vírus que causam sintomas similares ao da gripe e que provém de animais silvestres. Como é algo novo, ainda não temos vacina ou tratamento específico”, menciona Maicon.
Como o novo coronavírus é transmitido e o que está sendo feito?
As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato está ocorrendo.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
O diagnóstico do novo coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro).
“O governo chinês foi muito rápido. Em menos de duas semanas processaram todo o material genético e liberaram o genoma do vírus no banco mundial. Então, todos os cientistas do mundo conseguiram levar adiante a pesquisa. Isso foi muito importante para o desenvolvimento dos diagnósticos”, detalha o coordenador.
Como é definido um caso suspeito do novo coronavírus?
De acordo com o coordenador do curso de Biomedicina, o coronavírus não tem uma sintomatologia grave que seja de fácil detecção e é similar à gripe. “A pessoa tem que ter esse sinal clínico, que seria similar a gripe. Posteriormente, ter a inclusão de três critérios epidemiológicos: ter viajado nos últimos 14 dias para as cidades chinesas; ter tido contato com alguém com suspeita da doença ou contato com pessoa com caso confirmado com coronavírus”, cita Maicon.
O Ministério da Saúde realiza monitoramento diário da situação junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro de 2019.