25 de abril de 2024
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POLÊMICA

Celso de Melo decide pela divulgação de vídeo da reunião ministerial

O vídeo deve ser divulgado em instantes

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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, decidiu em favor da divulgação do vídeo da polêmica reunião ministerial do presidente Jair Bolsonaro de 22 de abril, que seria provas de acusações de “tentativa de intervenção na PF”, alegações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que pediu demissão no dia 24 de abril, causando uma crise no governo. 

Segundo informações do jornalista Fernando Molica, da rede CNN Brasil, o magistrado vai retirar os trechos da reunião em que os ministros falam sobre o Paraguai e a China para não afetar a relação com os países, mas o restante da gravação será divulgada por completo.

A decisão não atende aos apelos da Advocacia-Geral da União, que queria que a divulgação fosse restrita aos trechos em que o presidente trata sobre a “segurança” dele.

O vídeo deve ser divulgado em instantes. Segundo a CNN, o conteúdo já está sendo agregado ao site do Supremo Tribunal Federal.

Segundo informações difundidas pela imprensa, na conversa, o ex-capitão e ministros ofendem governadores, o Supremo Tribunal Federal, países parceiros comerciais e defendem manifestações armadas.

De acordo com Molica, ainda não há informações sobre se o acesso ficará público ou restrito às pessoas e autoridades envolvidas na investigação. 

Esta sexta-feira é a data-limite estabelecida pelo próprio ministro para tomar uma decisão sobre o sigilo do vídeo da reunião ministerial, realizada no Palácio do Planalto há exatamente um mês, no dia 22 de abril. 

O material é peça-chave para apurar as denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que afirmou, em depoimento à Polícia Federal em 2 de maio, que a reunião mostra uma tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de interferir na Polícia Federal.

APREENSÕES DE APARELHOS 

 Celso de Mello, também encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedidos de partidos e parlamentares de oposição para que o celular do presidente Jair Bolsonaro seja apreendido e periciado.

As três notícias-crime também solicitam que o Supremo determine a apreensão do aparelho telefônico de um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, além de requererem a coleta de depoimento do presidente.

As representações chegaram ao Supremo logo após Sergio Moro pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 24 de abril com graves acusações a Bolsonaro.

Segundo o ex-juiz da Lava Jato, o presidente o pressionou pela troca da direção-geral e superintendência da PF do Rio de Janeiro com intuito de interferir no trabalho da corporação, o que viola a autonomia da PF prevista em lei.

FONTE: *Com informações da Folha de S.Paulo.