MS Notícias

OPERAÇÃO LUCAS 12:2

MPF manda investigação das 'joias de Jair Bolsonaro' para o STF

O pedido do MPF foi feito na 6ª feira (11.ago.23), mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra Mauro Cid, seu pai, Lourena Cid e o advogado bolsonarista Frederick Wassef

(Riade - Arábia Saudita, 30/10/2019) - Ex-presidente da República, Jair Bolsonaro e Salman Bin Abdulaziz Al Saud, Rei da Arábia Saudita. Foto: José Dias/PR

O tribunal federal de Guarulhos, São Paulo, acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e ordenou nesta 3ª feira (15.ago.23), que as investigações sobre as joias sequestradas da União pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sejam enviadas para a 1ª instância no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Vamos lembrar que um trecho do inquérito relacionado às joias contrabandeadas da Arábia Saudita por meio do avião presidencial para o Brasil, tramitava em Guarulhos, pois foi no aeroporto de lá que apreenderam com equipe de Jair Bolsonaro, em outubro de 2021, joias avaliadas em R$ 16,6 milhões que os assessores de Bolsonaro tentavam trazer para o Brasil sem declarar. As investigações apontam que a ocultação do bem recebido por autoridades estrangeiras, mirava livrar os suspeitos da necessidade de incorporar as joias valiosas ao patrimônio da União, como determina a Lei. Detalhamos esse caso aqui no MS Notícias.   

O pedido do MPF foi feito na 6ª feira (11.ago.23), mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na Operação Lucas 12:2 (nada permance escondido), que descobriu que o ex-ajudante de ordens bolsonarista, Mauro Cid, o pai dele Lourena Cid, e o advogado dos bolsonaros, Frederick Wassef estiveram envolvidos no contrabando de joias da União para os EUA, que foram colocadas em leilão e vendidas à lojas de pedras preciosas e ouro. Detalhamos esse caso aqui no MS Notícias.   

A operação suspeita que aliados de Bolsonaro leiloaram joias e o dinheiro obtido, foi incorporado ao patrimônio do ex-presidente: "Identificou-se, em acréscimo, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-Presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem localização e propriedade dos valores", disse o ministro Alexandre de Moraes ao autorizar buscas da Operação Lucas 12:2. Eis a íntegra.  

Veja tudo que falamos sobre joias contrabandeadas e leiloadas por Bolsonaro e sua equipe: