14 de dezembro de 2025
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OPERAÇÃO INIMIGO ÍNTIMO

Empresário é preso e médica investigada por assassinato em Sorriso (MT)

Gabriel Tacca e o amigo Danilo Guimarães, teriam atraído Ivan Bonottto até uma conveniência e o esfaqueado até a morte

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A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu, nesta 3ª feira (15.jul.25), o empresário Gabriel Tacca e o comerciante Danilo Guimarães durante a Operação Inimigo Íntimo, que investiga o assassinato de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, ocorrido em março deste ano em Sorriso (MT).

A médica ginecologista Sabrina Iara de Mello, esposa de Gabriel, também é alvo da operação, sendo investigada por suspeita de fraude processual.

Os mandados de prisão temporária contra Gabriel e Danilo foram cumpridos juntamente com três mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares relacionadas aos crimes de homicídio qualificado e destruição de provas.

Segundo a Polícia Civil, Ivan Bonotto foi vítima de uma emboscada. Ele teria sido atraído até a distribuidora de bebidas pertencente a Gabriel Tacca, onde foi atacado a facadas pelas costas. A motivação do crime, segundo as investigações, seria um relacionamento extraconjugal entre Ivan e a médica Sabrina Iara de Mello, esposa de Gabriel. A polícia aponta que o assassinato foi premeditado e que Danilo Guimarães, o suposto executor, agiu a mando do empresário.

Ivan foi internado em estado grave em um hospital particular de Sorriso no dia 22 de março, mas faleceu em 13 de abril após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Inicialmente, o caso foi tratado como resultado de uma briga em um bar, versão sustentada tanto por Gabriel quanto por Danilo em depoimentos à polícia. Ambos negaram qualquer relação com a vítima. No entanto, as investigações desmentiram a versão inicial, com base em registros de câmeras de segurança e histórico de convivência entre os envolvidos.

De acordo com a delegacia de Sorriso, a vítima era conhecida do casal e costumava se hospedar na residência dos dois quando visitava o município. A Polícia Civil afirma que os três mantinham vínculo pessoal próximo e que a motivação do crime está ligada ao envolvimento amoroso entre Ivan e Sabrina.

A médica também é investigada por suspeita de fraude processual. Conforme apurado, ela teria ido ao hospital minutos após a entrada da vítima e acessado o celular dele, apagando conteúdos como mensagens, fotos e um vídeo registrado pela própria vítima no momento do ataque. O aparelho foi entregue à família apenas três dias depois, com os dados deletados. Sabrina alegou que a exclusão foi uma tentativa de proteger a vítima.

Os mandados foram expedidos pela Justiça após representação do delegado Bruno França, responsável pelo inquérito. A Polícia Civil continua apurando o caso para identificar eventuais coautores ou cúmplices e aprofundar a responsabilização penal dos envolvidos.

Até a última atualização desta reportagem, a defesa da médica não havia se manifestado. Os advogados de Gabriel Tacca e Danilo Guimarães também não haviam sido localizados.