25 de abril de 2024
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Moto-entregador que matou colega se entrega, depõe e é liberado

Ministério Público Estadual já deu parecer favorável para a prisão de Bruno, porém ainda não houve decisão judicial

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O moto-entregador Bruno César Oliveira, de 24 anos, se entregou na manhã desta 3ª-feira (18. agosto) à Polícia Civil de Campo Grande. Ele é suspeito de matar a tiros o colega, também moto-entregador, Emerson Salles Silva, de 33 anos, durante uma discussão em frente a lanchonete em que trabalhavam no Centro da Capital. O homicídio aconteceu no dia 13 de agosto. 

Segundo delegado do caso, Mikail Faria, o moto-entregador confessou o crime. Ele foi liberado após prestar depoimento, já que de acordo com a polícia, sua prisão preventiva ainda não foi expedida.  

“O autor do homicídio diz ter sido ameaçado por Emerson e quanto à arma, conta que já tinha por algum tempo e que seria para defesa própria, por medo se ser assaltado. Ele disse que só tinha um relacionamento de coleguismo com o cara, ele não gostava de brincadeiras que o cara fazia com ele, com o Emerson né. E na terça-feira tiveram uma discussão porque o Bruno teve que arrumar a moto dele e os dois trabalhavam na rede de farmácia durante o dia com outros entregadores e a noite só os dois ali na lanchonete. E aí, o Emerson teria que trabalhar dois dias sozinho lá na lanchonete, aí o Emerson achou ruim e começou a brigar com o Bruno e o Bruno brigar com ele. Emerson ameaçou ele, ameaçou a matar ele e bater nele e tal. Aí o Bruno não foi trabalhar terça e quarta, quando o Bruno foi trabalhar na quinta-feira o Emerson já chegou discutindo com ele, então eles saíram no soco, na briga. Só que o Bruno andava armado com a arma na mochila por medo de ser assaltado. E aí no nervoso ele pegou a arma, mostrou para o Emerson para ele parar, foi então que o Emerson foi pra cima dele e ele atirou”, afirmou o delegado sobre o depoimento.

Ainda segundo as informações o Ministério Público Estadual já deu parecer favorável para a prisão de Bruno, porém ainda não houve decisão judicial. “Está nas mãos do juiz, estamos no aguardo”, pontuou Mikail. O autor também entregou a arma do crime. Ele será autuado por porte ilegal de arma de fogo e por homicídio qualificado.

Bruno contou que comprou a arma, um revólver calibre 32, há cinco meses, por medo de ser assaltado. A arma foi descartada após o crime e ainda não foi encontrada.