05 de dezembro de 2025
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ECONOMIA

MS aprova recorde de R$ 3,1 bilhões do FCO em 2026

O FCO já aplicou mais de R$ 2,7 bilhões em 2025

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O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) destinará, em 2026, o maior volume de recursos já aprovado para Mato Grosso do Sul: R$ 3,1 bilhões. A programação foi definida na 3ª feira (2.nov.25), durante a 25ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), realizada em Brasília.

O encontro contou com a participação presencial do vice-governador Barbosinha, representante do governador Eduardo Riedel, e do coordenador de Competitividade Empresarial da Semadesc, Augusto de Castro. O secretário Jaime Verruck acompanhou a reunião de forma remota.

DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS

Do total aprovado, metade será destinada ao setor empresarial — abrangendo indústria, comércio, serviços e turismo — e a outra metade financiará atividades rurais em Mato Grosso do Sul.

Segundo o secretário Jaime Verruck, a divisão atende às necessidades de diferentes segmentos produtivos e reforça uma estratégia de desenvolvimento equilibrada entre o campo e as áreas urbanas. Ele destacou que o FCO já aplicou mais de R$ 2,7 bilhões em 2025 e seguirá desempenhando papel central no financiamento de projetos produtivos em todo o Estado.

O secretário também pontuou que, em 2026, Mato Grosso do Sul inicia o ano com maior capacidade de investimento e com regras atualizadas para setores estratégicos. Na área rural, permanece a taxa de juros competitiva de aproximadamente 8,5% ao ano. No setor empresarial, porém, as taxas podem chegar a 16%, o que tem motivado um pleito pela redução.

“O governador Eduardo Riedel e o vice-governador Barbosinha têm defendido com firmeza a necessidade de reduzir os juros empresariais ou, preferencialmente, equalizá-los às taxas rurais. Esse é um ponto essencial para manter o ritmo de expansão da nossa indústria e dos serviços”, afirmou.

DELIBERAÇÕES APROVADAS PELO CONDEL

Entre as medidas aprovadas, está a ampliação do prazo de financiamento para projetos de armazenagem, uma demanda histórica do Estado. O novo prazo passa a ser de até 15 anos, com 5 anos de carência, visando acelerar a instalação de estruturas e reduzir o déficit mapeado por estudos técnicos.

Outra mudança é a redução do valor mínimo necessário para acessar recursos do FDCO, de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões, o que amplia o número de empreendimentos aptos ao financiamento.

Houve ainda reforço ao microcrédito produtivo orientado, que contará com mais de R$ 1,5 bilhão para micro e pequenas empresas, tanto urbanas quanto rurais. Verruck ressaltou que essas medidas se somam às linhas já consolidadas, como FCO Mulher, FCO Sustentabilidade e FCO Verde — esta última voltada à recuperação de pastagens degradadas no Estado.

PROJEÇÕES PARA 2026

Com diretrizes definidas, Mato Grosso do Sul se prepara para operar, no próximo ano, um volume recorde de financiamento público.

“O importante é que os recursos estejam disponíveis e sejam efetivamente aplicados. Nosso compromisso, junto ao Conselho Deliberativo Estadual, é garantir que 100% desse montante chegue ao produtor, ao empresário e às iniciativas que impulsionam a economia sul-mato-grossense”, concluiu Jaime Verruck.