29 de abril de 2024
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ECONOMIA

Em MS, Lula embarcará 1ª carga de picanha com destino a China

Habilitação de 38 novas unidades de produção de carne amplia exportações do Brasil para a China

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em Campo Grande (MS) na 6ª. feira (12.abr.24) para acompanhar o embarque do primeiro lote de carne para a China a partir das novas plantas habilitadas. O evento está marcado para as 10h, com a presença do ministro Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária).

"Sexta-feira eu vou a Campo Grande inaugurar um dos frigoríficos que foi premiado com a China e vai começar as exportações de carne para a China. A primeira carne que o chinês vai receber deste frigorífico, eu que vou embrulhar. Vou aproveitar e colocar meu nome na picanha para que ele saiba que eu estou exportando a picanha”, brincou o Chefe do Executivo brasileiro durante o anúncio do resultado da seleção do Minha Casa, Minha Vida nas modalidades Rural e Entidades, em cerimônia solene realizada em na 4ª.feira (10.abr.24), no no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Assista:  

RETOMADA 

Ao longo de 2023 o governo federal se empenhou para retomar as relações internacionais e abrir novos mercados para economia brasileira. 

Nos últimos 15 meses, o país celebrou a abertura de 105 novos mercados em 50 países, mais que o dobro do registrado na gestão anterior, que conseguiu abrir 50 mercados em 24 países.

A relação comercial mais exitosa do Brasil está acontecendo com a China, que em 12 de março habilitou 38 novas unidades de produção para importar carne do Brasil, aumentando o número de plantas de 107 para 145. Esse movimento incluiu 24 novas plantas de bovinos, oito de frangos, uma de termoprocessamento de bovinos e cinco entrepostos, prevendo um incremento de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira nos próximos 12 meses.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, ressaltou os esforços para abrir novos mercados, com 105 mercados abertos desde o ano passado até agora.

Também com intuito de fortalecer as relações internacionais, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participará de reuniões em Pequim nos dias 5 e 6 de junho para fortalecer as relações bilaterais com a China, visando expandir ainda mais as oportunidades comerciais com o maior parceiro comercial do Brasil na Ásia.

MATO GROSSO DO SUL

Antes desta nova lista de habilitações, o Brasil tinha 107 plantas autorizadas para operar na China, entre as habilitadas para proteínas de aves, bovinos e suínos. O Mato Grosso do Sul tinha apenas três frigoríficos habilitados para exportar carne bovina para os chineses. Agora conta com sete.
O estado foi o que mais se beneficiou das novas habilitações entre todas as Unidades da Federação. Antes, os frigoríficos de bovinos de Mato Grosso do Sul tinham potencial de exportar para a China um volume equivalente a no máximo 467 mil cabeças de gado por ano. Agora, são 2,3 milhões, acréscimo de mais de 1,8 milhão de cabeças.

“Desde o início de 2023, estamos dedicando todas as forças para trazer os maiores resultados para o Brasil, que tem cultura majoritariamente exportadora. Esse resultado, inequivocamente, gera desenvolvimento e renda para o nosso país. Nós vivemos um momento ímpar e único”, afirma secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart.

A vinda do presidente ao estado poderá ser assistida aqui: https://www.youtube.com/live/Ou6MdYmPWE0.

MAIS FORTE

Nesta semana, o Brasil celebrou a abertura do mercado da Coreia do Sul às exportações brasileiras de subprodutos de origem animal (farinhas e gorduras de aves) destinados à alimentação animal. O processo marcou a 27ª expansão para o agronegócio do país apenas em 2024, resultado do trabalho integrado entre Ministério da Agricultura e Pecuária e Ministério das Relações Exteriores.

A Coreia do Sul foi o oitavo destino para os produtos agrícolas brasileiros em 2023, somando US$ 3,37 bilhões em exportações. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, a abertura do mercado sul-coreano atende uma demanda da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e de suas empresas associadas.

Esse processo também beneficia os empresários da Coreia do Sul, que projetam uma expansão da indústria coreana de rações, com o objetivo de atender o crescimento do número de animais domésticos na Ásia. A recente conclusão das negociações sobre o Certificado Sanitário Internacional (CSI) garante aos estabelecimentos brasileiros a habilitação para exportar esses produtos e reforça a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil, que ganhou mais força a partir de 2023.

CINCO CONTINENTES

Os 105 novos mercados abertos pelo Brasil desde 2023 encontram-se em 50 países, nos cinco continentes. Eles fortalecem um trabalho que vem sendo realizado desde a virada do século e que foi marcado por um acentuado crescimento do comércio exterior brasileiro.

Nas últimas duas décadas, as exportações brasileiras passaram de US$ 58,2 bilhões em 2001 para US$ 339,7 bilhões em 2023. Isso se deve a vários fatores, entre eles o eficiente desempenho de setores como o agronegócio e o mineral. Soma-se a isso o crescimento do volume de negócios com a China, cuja parceria resulta em compras anuais pelo país oriental de US$ 104 bilhões, quase um terço do total que o Brasil exporta.

Entre outros destaques recentes estão o comércio de algodão brasileiro com o Egito; o de carnes bovinas e suínas com o México e Singapura; o de suco de açaí com Índia; o de frango com Israel e Argélia; o de mamão com o Chile; o de arroz com o Quênia; o de pescados com Austrália, Egito e África do Sul; o de ovos com a Rússia; e o de café verde com a Zâmbia.

BANGLADESH, VIETNÃ E ASEAN

No ano passado, o Brasil exportou US$ 2,1 bilhões para Bangladesh. Em 2014, eram US$ 869 milhões, um crescimento expressivo em dez anos. Outro exemplo é o Vietnã. Em 2014, o mercado vietnamita havia comprado US$ 1,6 bilhão do Brasil. Em 2023, as exportações para o país, um dos dez membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), chegaram a US$ 3,7 bilhões.

Nos últimos 20 anos, o comércio entre o Brasil e a Asean cresceu o equivalente a 11 vezes. Em 2023, as exportações para Cingapura, Indonésia, Malásia, Vietnã e Tailândia, cinco principais mercados da Asean, somaram US$ 22,7 bilhões. O valor supera o registrado com as exportações para cinco integrantes do G7 somados (Japão, Alemanha, Itália, Reino Unido e França), que foi de US$ 22,6 bilhões.

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