Nesta terça-feira (30), uma família procurou o Nova News para denunciar o que ela qualificou como um fato revoltante, ocorrido no Hospital Regional (HR) Francisco Dantas Maniçoba, em Nova Andradina. Segundo as pessoas que mantiveram contato com a redação, uma criança teria ficado por mais de 07h à espera de atendimento na unidade.
Suelen Ribeiro, de 26 anos, mãe da garota de 10 anos, que terá seu nome preservado, disse que a menina, desde o último sábado (27) vinha apresentado febre e dor de garganta, sendo tratada com remédios caseiros, porém sem sinal de melhora. Nesta segunda-feira (29), o quadro se agrav
A mãe conta que chegou com a filha na unidade hospitalar por volta das 10h40 e lá permaneceu até às 18h, sem conseguir uma consulta médica. “Chegamos ao HR, passamos pela pré-consulta e ficamos esperando o médico chamar, o que não aconteceu”, relata Suelen. “Novos pacientes chegavam e saíam e nada de chamarem pela minha filha”.
Os familiares que acompanhavam a garota no hospital disseram que, por várias vezes, perguntavam aos funcionários se a criança iria ser chamada. “Eles sempre diziam que sim. Que daqui a pouco ela seria atendida, mas 07h se passaram e decidimos ir embora”, afirma a família, que se diz indignada com o fato.
A mãe da menina disse que ao sair do HR procurou uma farmácia a fim de obter orientações de como poderia tratar da filha. “Eles deveriam dizer que ela não seria atendida que gente iria tomar outras providências e não ficar esperando das 10h40 até às 18h. Até fome a gente passou lá”, desabafa a mãe.
Outro lado
Na manhã desta terça-feira (30), uma equipe do Nova News esteve no Hospital Regional e realizou uma entrevista com o diretor da unidade, Tito José, que falou sobre o caso citado e explicou por que fatos desta natureza ocorrem.
De acordo com Tito, o Hospital Regional é hoje uma referência na região do Vale do Ivinhema e acaba sendo o destino de centenas de pacientes. Tito explica que a demanda de atendimentos no HR, pode chegar a mais de 300 pacientes por dia, que são classificados de acordo com os riscos de seus problemas.
De acordo com a diretora de atenção do HR, enfermeira Renata Huwabara, o prontuário de atendimento da criança citada foi aberto às 11h35 e, segundo ela, consta no sistema da unidade, que a chamada foi feita às 12h10, porém, por algum motivo desconhecido, a responsável pela paciente não teria respondido o chamado.
Tito José apresentou à reportagem as anotações do setor de triagem mostrando a quantidade de pacientes e suas respectivas classificações referentes a manhã desta terça-feira (30). De acordo com a anotação, 34 pacientes deram entrada para atendimento, desses, apenas três eram atendimentos prioritários.
Os outros 31 eram verdes e azuis, que segundo o diretor do HR, poderiam ter procurado o atendimento em suas Unidades Básicas de Saúde. Tito também apresentou os locais onde os pacientes podem realizar suas queixas e denúncias.
Os pontos são espalhados por todos os setores do hospital e servem para levar a opinião de todos os pacientes até a direção da unidade. “Levamos muito a sério essas pontuações que os pacientes colocam nessas urnas. Fazemos reuniões mensais para discutir tudo o que está acontecendo no hospital e essas fichas tem nos ajudado a melhorar cada vez mais o serviço”, finalizou Tito.
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