Ao fazer um balanço de seu primeiro ano como chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel (PSDB) não precisou ir aos números da recente pesquisa Ranking Brasil, segundo a qual 81% da população aprova seu governo. A marca, provavelmente a mais alta entre os governadores brasileiros, apenas ilustraria números, fatos e perspectivas descritos pelo mandatário no balanço do exercício que chega ao fim.
Entrevista de Eduardo Riedel. Foto: Saul SchrammNa entrevista aos jornalistas — que durou cerca de duas horas no Palácio Popular da Cultura — Riedel destacou alguns dos motivos que tem para alegrar-se com sua performance. Os dados oficiais são bem eloquentes. No geral, o gestor afirmou que foram cumpridos perto de 92% dos objetivos traçados para o período. "Na campanha eleitoral, apresentamos e debatemos com a sociedade um plano de governo, que registramos no TRE e colocamos no colo de cada secretário quando iniciou o governo. E este plano aí está, mais de 90% executado", disse.
ENTROSAMENTO
Riedel celebrou parceria com o Planalto. Foto: Ricardo Stucket Além de enumerar desafios e avanços do programa estratégico de governança, Riedel destacou o bom trânsito com o Palácio do Planalto. O fato de pertencer a um partido que esteve no front contrário ao de Lula não prejudicou nem um pouco suas relações com o presidente e sua equipe. Sente-se entrosado. A propósito, além de elogiar a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet — "ela tem ajudado bastante nosso Estado" — Riedel ressaltou a satisfação de receber cinco ministros nos próximos dias.
Recentemente Riedel recebeu os ministros Flávio Dino (Justiça) e Simone Tebet em Campo Grande (MS). Foto: Tero Queiroz"Vamos concretizar convênios e iniciativas de grande importância, inclusive no aspecto histórico no momento que vivemos, que é a edição da Lei do Pantanal, ao lado da ministra Marina Silva (do Meio Ambiente e Mudança do Clima)", pontuou. E realçou também o alcance social de ações e investimentos que serão ajustados com os ministros Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e Alexandre Silveira, das Minas e Energia. A seu ver, a Lei do Pantanal é um dos marcos principais fixados neste processo de desenvolvimento social e econômico com sustentabilidade.
Imagem ilustra capacidade de conexões políticas de Eduardo Riedel. Foto: Tero QueirozPOLÍTICAS PÚBLICAS
A carteira de realizações inclui ainda o fortalecimento das políticas públicas de inclusão e cidadania, como o aumento do benefício mensal do Programa Mais Social, de R$ 350 para R$ 450,00; o incremento de quase 10% na receita, graças à redução da carga tributária com a manutenção da alíquota do ICMS; os investimentos na planilha da gestão municipalista, que atende demandas de infraestrutura nos 79 municípios; a eficiência dos contratos de gestão.
A Rota Bioceânica é um capítulo diferenciado no desenho central do desenvolvimento, disse Riedel. Ele salienta que a força competitiva de Mato Grosso do Sul será única quando o corredor Brasil-Chile estiver concluído, o que vai exigir intervenção forte de apoio governamental para garantir à estrutura que falta às cidades que terão sua realidade transformada com a quantidade, o tamanho e o nível de exigência das demandas".
"O Estado vai continuar crescendo, só não sabemos quanto, com exatidão, porque dependemos da macroeconomia. No entanto, cresceremos acima da média nacional, pois já temos alicerce firme, estamos atraindo para cá grandes investimentos e oferecemos segurança aos investidores", frisou. Premiamos os produtores que cumprem regras de sustentabilidade reduzindo emissões de carbono e estamos aprimorando a convivência entre a natureza e as atividades econômicas. Tudo isto nos permite antever um 2024 de muitos avanços".











