Hélio Ferraz de Oliveira, o novo secretário especial da Cultura do governo Bolsonaro, é um velho amigo de Mario Frias, que deixou a pasta nesta quinta-feira (31.mar.22) para formalizar sua candidatura a deputado federal pelo PL, em São Paulo, estado em que nunca morou, como revelou o colunista Lauro Jardim, do Globo.
Em 2019, Hélio atuou como coprodutor do programa de TV "A melhor viagem", que Mário Frias apresentava na RedeTV!. Quando assumiu o cargo no governo Bolsonaro, após a exoneração de Regina Duarte, Frias convidou o amigo para ser o seu secretário-adjunto no órgão — ou o seu "número 2", como já afirmou. A remuneração básica de Ferraz de Oliveira, em fevereiro, era de R$ 16.944,90, como consta no Portal da Transparência.
Na manhã da última quarta-feira (30), Mario Frias se reuniu com toda a equipe da Secretaria Especial de Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo, para realizar uma espécie de passagem de bastão. "Despedida do nosso eterno ministro da Cultura. Parabéns pelo excelente trabalho prestado a nossa nação", exaltou Hélio Ferraz, em publicação no Instagram.
Apesar de assumir a Cultura, Hélio Ferraz tem 39 anos e é advogado especializado em Direito de Família e Sucessões. Em seu perfil na rede social Linkedin, ele se define como "ativo, dinâmico e experiente em litígios de grande complexidade". No currículo, há poucas passagens por trabalhos relacionados ao setor cultural.
Já prestou serviço jurídico para a EMI Records, multinacional do ramo fonográfico, antes de criar a empresa Ferraz Advogados Associados, que atua em áreas do Direito Civil, Empresarial, Família e Sucessões e Direito do Trabalho.
Pai solo de três adolescentes adotivos, ele costuma participar de palestras sobre o tema da adoção. Em maio do ano passado, realizou uma live com o título "Adotar e ser adotado". No mesmo período, fez outra transmissão sobre o assunto, para falar sobre "Famílias em quarentena: do conflito ao convívio".
Conheca Hélio numa reportagem especial do O Globo, sobre o novo secretário.











