20 de dezembro de 2025
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PROGRAMA SOCIAL

"O Bolsa Família não é um emprego", diz ministro Wellington Dias

Wellington Dias disse que é missão de Lula e sua equipe sair novamente do mapa da fome

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O Governo Federal tem como uma de suas principais prioridades tirar o Brasil do Mapa da Fome novamente. Para isso, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, liderado por Wellington Dias, tem um papel fundamental na coordenação das políticas públicas voltadas para essa finalidade. Entre as iniciativas em curso estão o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Brasil sem Fome.

O ministro apontou que o governo Lula encontrou um país em franca evolução para o mapa da insegurança alimentar. "A gente volta ao governo e encontra o Brasil com 33 milhões de brasileiros passando fome. O Brasil, que saiu do Mapa da Fome, volta para um patamar muito elevado. O Brasil vinha ano a ano reduzindo a pobreza. Chegamos em 2018 ao menor patamar: 18% da população na pobreza, ou seja, com uma renda abaixo de R$ 660 per capita. Quando a gente assume, vemos 94,7 milhões de pessoas no Cadastro Único, o que significa algo próximo de 45%. Ou seja, subiu de 18% para 45% a pobreza no Brasil", apontou.  

Dias disse que é missão de Lula e sua equipe sair do chamado 'mapa da fome'. "Nós vamos, novamente, tirar o Brasil do Mapa da Fome. O Plano Brasil sem Fome tem essa missão. E estamos abraçando com todo o carinho o desafio. Garantir que a gente tenha transferência de renda, complemento de alimentação, mas também o caminho de tirar da pobreza e permitir promoção social. É isso que quer o presidente da República pelo Brasil, apresentado na ONU para o mundo", garantiu Dias.   

As afirmações ocorreram durante sua participação no programa "Bom dia, Ministro". Na ocasião ele destacou os esforços empreendidos para alcançar esse objetivo. Além de implementar programas de transferência de renda e de aquisição de alimentos, o ministério tem trabalhado na qualificação profissional de beneficiários do Bolsa Família, visando a inclusão no mercado de trabalho. "O Bolsa Família não é um emprego, não é uma solução definitiva. Ele é um atendimento emergencial e social. Quer o Brasil que nenhuma pessoa tenha uma situação que não tenha condição de comer, tomar café, almoçar e jantar? O que fazer? A preferência do Brasil foi pela transferência de renda", pontuou Dias.

O Bolsa Família é um programa do governo Lula, criado pelo presidente em 2003, que tem como objetivo ajudar famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. O ministro destacou o trabalho de busca ativa para identificar e incluir as pessoas que realmente precisam de assistência financeira. "Nós vamos até dezembro atualizar o Cadastro Único. Agora, estamos focados na população de rua e na população indígena. Aquela população que nem sabe que tem o direito. O cadastro é vivo. É uma folha de pagamento nova todo mês. Nós ainda temos pessoas não atendidas. Onde estiver alguém passando fome, queremos dar as mãos. É claro que também quem não preenche o requisito, sai. É para atender as pessoas que preenchem os requisitos da lei do Bolsa Família", detalhou o ministro.

Corrigir as falhas dos programas sociais, para Dias, seria uma maneira de ampliar o número de beneficiários. "Estamos atualizando o Cadastro Único. Temos pessoas que saem. Gente com renda de R$ 15 mil, R$ 20 mil por mês recebendo Auxílio Brasil. E outros na extrema pobreza, faltando o que comer e não entravam, não conseguiam ter acesso. Já são mais de 2 milhões de famílias aproximadamente, sete milhões de pessoas que trouxemos para o Cadastro Único e para o Bolsa Família. São mais de 21 milhões de pessoas recebendo algo próximo de R$ 700 por mês", anotou. 

Desde o relançamento do Bolsa Família em março deste ano, mais de 2 milhões de famílias foram adicionadas à lista de beneficiários. 

O ministro também falou sobre a importância de a economia do país crescer com inclusão social. "O crescimento da economia tem que ter inclusão social. Não basta só crescer. Crescer com os pobres no orçamento e tendo oportunidades. Esse é o desafio que o presidente Lula faz para o Brasil e para o mundo", sustentou.

Outra ação importante é o fortalecimento da agricultura familiar, por meio do incentivo à produção e ao consumo de alimentos saudáveis.

SOCORRO AOS SULISTAS

Outro tema abordado foi a ajuda do Governo Federal às famílias que vivem nos 97 municípios impactados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. " Ali, a gente liberou agora cerca de R$ 241 milhões do nosso ministério para uma reconstrução. Ali tem que apoiar para reconstruir tudo: as casas, as ruas. E cuidar, é claro, de matas auxiliares, de atender o povo. Estamos distribuindo alimentos, porque as pessoas nem casa tem, nem onde fazer têm, muitas vezes são atendidas na escola da cidade vizinha. Então, é algo realmente dramático. Dia 18 a gente liberou o pagamento unificado do Bolsa Família e vamos seguir atendendo", disse.

Além disso, para os afetados pelas chuvas no Sul do país, há um auxílio abrigo oferecido pelo governo Lula. "A gente repassa o auxílio abrigamento, é um valor que chega a R$ 800 por pessoa e vai para os municípios. Para comprar um colchão, aquela coisa da emergência. Todos os municípios que encaminharam um plano, pelo que sei já ultrapassamos 90 municípios em situação de calamidade, basta encaminhar a relação das pessoas e é feito esse crédito", explicou Dias.  

RELAÇÕES EXTERIORES

Durante as manifestações no programa, o ministro exaltou a participação de Lula na 78ª Assembleia das Nações Unidas, em Nova York. "Dá orgulho ver o nosso presidente na ONU colocando na mesa o tema dos mais pobres. Destaco quando o presidente desafia o mundo à indignação com a fome, com a pobreza, com a guerra e com o desrespeito ao ser humano". 

AÇÕES SOCIAIS

Conforme o ministro, as ações somáticas do Executivo e Legislativo deram condições de retomada de ações sociais conduzidas pelo governo federal. "Só tinha R$ 60 milhões para o Brasil inteiro, para sustentar 12 mil unidades de CRAS, CREAS, que são centros de referência da assistência social. Nós nos elevamos. Sou grato ao Congresso Nacional pelo entendimento para que pudéssemos alcançar R$ 2,6 bilhões. Nós vamos chegar, na verdade, a cerca de R$ 3 bilhões. É um repasse especial para o programa Busca Ativa, que tem equipes extras para que possam ir em cada lugar onde tenha alguém passando fome", analisou.  

Criar um programa que unifique as ações em prol do combate à fome e a vulnerabilidade social, para Dias, é uma estratégia acertada para reduzir a numerosa população em situação de rua no país. "Estamos agora focados em criar a alimentação Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e estamos começando pela população de rua. A gente repassa recursos para a compra de alimentos e ali se tem uma participação com entidades. Estamos preparando para aprovação na Comissão Tripartite para ampliar — a gente já tem o programa — o repasse de dinheiro para as pessoas que querem voltar para a sua cidade, seu estado, sua família, às vezes seu país. E a gente voltar com o modelo do aluguel social, garantir as condições de abrigo para quem precisar. É um problema de saúde mental, então, encaminhar para a área adequada. É um problema de dependência química, também tem uma rede de assistência e de atendimento", completou.  

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PROGRAMA: 

*Com Agência Gov.