A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) voltou a excluir o ex-sargento Ricardo Campos Figueiredo de seus quadros.
A nova expulsão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta 2ª feira (20.out.25).
A medida cumpre decisão judicial emitida em setembro, que determinou sua condenação por enriquecimento ilícito.
A ação também impôs a perda de cerca de R$ 1 milhão em bens acumulados de forma incompatível com sua renda.
Além disso, Figueiredo teve os direitos políticos suspensos por dez anos.
A sentença ainda prevê pagamento de multa equivalente ao valor do patrimônio perdido.
O ex-militar também está proibido de firmar contratos públicos ou receber incentivos fiscais nesse período.
A condenação foi assinada pela 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.
Segundo a decisão, ele usou o cargo público para obter vantagem indevida.
O processo tramitou em sigilo, mas já teve os efeitos publicados oficialmente.
Mesmo com a decisão, ainda cabe recurso em instâncias superiores.
Ricardo já havia sido expulso da PMMS em 2023, após outra condenação.
Na ocasião, foi apontado como integrante de um esquema de corrupção e contrabando.
Ele foi um dos alvos da Operação Oiketicus, que investigou a chamada "Máfia dos Cigarreiros".
As apurações indicaram que o grupo recebia propinas semanais para facilitar o transporte ilegal de cigarros.
O então sargento chegou a ser preso em 2018, portando uma arma de fogo sem registro.
Em 2022, ele foi reintegrado à corporação após decisão judicial liminar.
No entanto, em abril de 2023, a Justiça anulou o retorno e confirmou sua exclusão definitiva.
Com a nova sentença, Ricardo Campos agora responde a mais uma ação por improbidade administrativa.
Seu nome foi incluído no Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade.
A PMMS alegou que a exclusão segue os trâmites legais e obedece às determinações judiciais.











