28 de março de 2024
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No sobe e desce econômico, reforma da Dilma acalma mercado financeiro

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Após a divulgação da reforma ministerial, cortes de gastos e salários e extinção de 3 mil cargos de confiança o mercado "parece ter gostado da reforma" e o dólar depois de leve aumento é cotado abaixo dos R$ 4,00. Bolsa de valores iniciou em queda mas se recuperou e subiu 2,27% marcando 46,342 pontos.

A reforma administrativa da presidente Dilma Roussef reduzindo 8 ministérios, extinguiu 30 secretarias em todos os ministérios, reduziu 10% nos salários dos ministros, 20% nos gastos em custeios e o corte de 3 mil cargos de confiança, que se estima reduzir em R$200 milhões os gasto do governo, anunciou a equipe econômica. Segundo Ricardo Zeno sócio-diretor da AZ Investimentos, "até o momento, o mercado parece ter gostado da reforma. De qualquer forma, trata-se de um movimento pontual. As questões problemáticas são bem maiores que isso, como o possível rebaixamento do país pela agência Fitch, a elevação dos juros nos EUA e a deterioração dos nossos indicadores econômicos. Esses são fatores que vão seguir propiciando volatilidade".

A economia americana também foi responsável para a queda do dólar, sendo cotado em R$3,963 para compra e R$3,965 para venda, com a possibilidade  do banco central americano, a Federal Reserve, elevar os juros somente em 2016, o que levaria o dólar recuar diante de uma cesta de dez  divisas, forçada pela desaceleração do crescimento da economia global, influenciada pela China.

Outro ponto preponderante que trouxe uma aspecto negativo no cenário econômico americano, foi o relatório de emprego nos EUA, que apontou uma menor criação de vaga em relação a projetada,  salários estagnados e o nível de desemprego estável.

Após o anúncio da reforma ministerial, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que abriu em queda, fechou com forte alta em mais de 3% ao 47.033 pontos. As ações da Petrobrás teve seus números também puxados para cima em mais de 10%, apesar da redução no preço do petróleo.