19 de abril de 2024
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ALERTA CLIMÁTICO

Mudança climática revela criatura sob o gelo; cientistas temem novos vírus mortais

Descoberta é um sinal de alerta

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Cientistas russos encontraram a carcaça de um rinoceronte lanudo que teria vivido há 12 mil anos na Sibéria. Preservados pelo gelo até então permanente, os restos do animal surpreendem pela integridade. Órgãos internos e mesmo partes que normalmente se decompõem rapidamente, como o chifre e a lã, estavam quase perfeitamente conservados. Mas a descoberta é também um sinal de alerta. Não são poucos os cientistas que temem o (res)surgimento de doenças — para as quais o ser humano não tem defesas — que venham de vírus e bactérias em organismos até agora congelados, que em sua natureza podem ser devastador para humanidade. 

Estima-se que o animal, encontrado por um morador no leste da Sibéria, tenha vivido na Era do Gelo.

O rinoceronte foi descoberto em agosto pelo morador na margem do rio Tirekhtyakh.

O achado aconteceu numa região onde outro rinoceronte-lanudo foi encontrado em 2014.

A carcaça veio à tona após o derretimento do permafrost — a camada de solo permanentemente congelada em áreas muito frias. 

Os especialistas vão entregar o rinoceronte a um laboratório na cidade de Yakutsk para saber mais sobre o achado.

Lá, os cientistas colherão amostras e conduzirão análises de radiocarbono.

Valery Plotnikov, cientista que examinou os restos mortais, disse à mídia russa que o rinoceronte tinha entre três e quatro anos quando morreu, provavelmente por afogamento.

Descobertas desse tipo estão se tornando mais frequentes à medida que o aquecimento global derrete o permafrost em vastas áreas dos extremos norte e leste da Rússia.