O assunto desenvolvimento científico e ensino superior sempre foi algo complicado no Brasil, visto que todo desenvolvimento tecnológico e científico depende de investimentos públicos e fomento para a sua realização.
É claro que parcerias entre universidades, instituições de ensino e a iniciativa privada é possível. Contudo, esta não é a regra, de modo que os pesquisadores brasileiros dependem quase que inteiramente do governo e do poder público para a realização de suas pesquisas.
Isso levanta sempre calorosos debates, tanto no poder público quanto na sociedade em geral, em relação às prioridades para o investimento de verba pública.
Portanto, a falta de investimento público e fomento financeiro, característicos de um quadro de recessão econômica é um dos maiores problemas de pesquisa no TCC e na pós-graduação, de maneira quase que unânime.
Nos últimos anos, por exemplo, diversos cortes no campo da pesquisa, como na CAPES, resultaram na perda de bolsa de vários pesquisadores e consequente interrupção de diversas pesquisas.
No entanto, olhando para os acontecimentos positivos no campo do desenvolvimento científico e técnico, na reportagem de hoje veremos alguns projetos, iniciativas e investimento público no nosso estado.
2ª EDIÇÃO DO PROGRAMA CENTELHA NO MATO GROSSO DO SUL
Primeiramente é essencial começarmos pelo Programa Centelha, sua aplicação e resultados no estado do Mato Grosso do Sul.
Como vimos acima, um dos problemas para pesquisa científica geralmente é a falta de investimento e de verba para a realização de projetos e o pagamento dos pesquisadores públicos.
Contudo, o Programa Centelha é um dos exemplos de que o investimento público traz retornos sem iguais para o desenvolvimento tecnológico e econômico do estado. Mas o que é exatamente o Programa Centelha e qual a sua finalidade?
De acordo com a própria página do Programa Centelha e também de acordo com a plataforma do estado do Mato Grosso do Sul, este programa visa incentivar a criação de empreendimentos inovadores e também incentivar a cultura empreendedora no estado.
Este programa é resultado de uma iniciativa de diversos órgãos públicos, como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o CNPq, a Confap e a Finep.
Todos estes órgãos atuaram financeiramente neste projeto, visando estimular o desenvolvimento na área do empreendedorismo e das inovações em todo o estado.
Como é possível constatar na plataforma do Programa Centelha, até o momento já foram:
- 564 ideias submetidas ao programa
- 1363 empreendedores capacitados
- 30 startups apoiadas pela iniciativa
Através destes dados é possível observar a importância do investimento por parte do poder público em projetos relacionados à inovação tecnológica e científica.
PACOTE DE INVESTIMENTOS EM PESQUISA CIENTÍFICA NO ESTADO
Além do investimento público em áreas como o empreendedorismo e a inovação tecnológica, o estado do Mato Grosso do Sul ainda foi contemplado com um grande pacote de investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento científico, recentemente.
Este fomento é de suma importância, pois junto com o investimento na inovação e no empreendedorismo, a tendência é que novos projetos e novas ideias surjam do estado do Mato Grosso do Sul e possam ser empregadas por todo o território nacional.
Conforme reportagem publicada na plataforma Campo Grande News, onze projetos distintos foram idealizados em áreas como:
- Sustentabilidade
- Indústria
- Agronegócio
Ainda, o investimento em pesquisas na área de sustentabilidade é ideal, pois a base deste campo do conhecimento é minimizar os impactos no solo e no ambiente, visando obter produtividade por mais tempo, tendo em vista que o solo conservado é produtivo por um período de tempo maior do que o solo danificado e pobre em nutrientes.
Ao todo foram investidos cerca de 30 milhões de reais no estado nas áreas mencionadas acima em um projeto denominado MS + Ciência.
De acordo com o presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, quando se investe em ciência e tecnologia, se está investindo em desenvolvimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos inicialmente, a ciência e a tecnologia dependem, majoritariamente, do investimento da esfera pública para sua realização.
Logo, o fomento nessas áreas é essencial para o desenvolvimento do estado e também do país, de maneira geral, visto que, indiretamente, também é investido na formação de profissionais capacitados que trabalham diretamente com a resolução de problemas em diversas áreas.