19 de abril de 2024
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Trabalhadores da fábrica de Petrobras em Três Lagoas esperam receber salários atrasados esta semana

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A situação financeira de trabalhadores e empresários de Três Lagoas paralisação das obras da unidade de fertilizantes da Petrobras  tem se agravado dia a dia.

Na cidade, cerca de 60 fornecedores ainda esperam pelo recebimento de R$ 21 milhões em dívidas do consórcio UFN3 que construía a obra.

O contrato com o consórcio, responsável pelo empreendimento, foi rompido em dezembro de 2014, e, por isso, apenas os direitos trabalhistas aos ex-funcionários foram pagos. Ainda faltam ser pagos R$ 10,8 milhões de 600 trabalhadores. Na última sexta-feria, a Justiça do trabalho conseguiu com que a Caixa liberasse os recursos e os pagamentos devem ser feitos na próxima semana.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Construção (Sintiespav) de Três Lagoas, Nivaldo da Silva Moreira, a notícia caiu como um “balde de água fria” sobre a cidade. “Além da grande movimentação de mão de obra, que a fábrica atraía, muitas pessoas investiram diante do empreendimento. Isso é muito ruim,”, frisou Nivaldo.

Segundo ele, a situação é ainda mais difícil para os empresários. “Os trabalhadores conseguiram na Justiça o direito de receber os salários em atraso, as rescisões e as pensões, mas os empresários não têm nem sinalização de pagamento”, destacou.

A esperança dos empresários é que o novo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) consiga algum avanço com Petrobras em reunião na próxima quarta-feira.