25 de abril de 2024
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AirAsia: mais de 40 corpos são retirados do mar

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Um navio de guerra indonésio retirou hoje (30) mais de 40 corpos no Mar de Java, em meio às buscas pelo avião da AirAsia, que desapareceu no domingo (28), com 162 pessoas a bordo, disse Manahan Simorangkir, porta-voz da Marinha local. “Com base na rádio militar, foi reportado que o navio de guerra Bung Tomo recuperou 40 corpos e que o número está aumentando”, disse Manahan Simorangkir. As autoridades indonésias confirmaram que os destroços detectados hoje durante as operações de buscas no Mar de Java pertencem ao avião da AirAsia, que decolou no domingo da cidade indonésia de Surabaia, com destino a Singapura, onde deveria ter pousado cerca de duas horas depois.

Leia, abaixo, reportagem anterior:

JACARTA (Reuters) - Os destroços encontros no mar de Java, na Indonésia, são do avião desaparecido da Air Asia que teria caído há dois dias, disse nesta terça-feira à Reuters o chefe da agência de buscas e resgate da Indonésia, Tatang Zaenudin.

(Reportagem de Charlotte Greenfield)

Leia, abaixo, reportagem sobre mortes na aviação civil em 2014:

Aviação civil tem 2014 com muitas mortes, apesar de aumento na segurança

Por Tim Hepher

LONDRES (Reuters) - A perda do voo indonésio QZ8501 da AirAsia completaria um dos anos com mais mortes na aviação civil em quase uma década, enquanto especialistas dizem que o histórico de segurança na indústria está melhorando.

As estatísticas destacam um ano de contrastes trágicos, dominado por duas tragédias malaias e acidentes relacionados com o tempo, mas com um número reduzido recorde de quedas.

Mesmo antes do Airbus 320 da AirAisia desaparecer com 162 pessoas a bordo entre a cidade indonésia de Surabaya e Cingapura, em meio ao tempo ruim do domingo, 762 pessoas perderam as vidas em acidentes fatais neste ano.

Caso confirmada a queda do avião registrada na Indonésia e a morte de todos a bordo, o acidente tornaria 2014 o pior ano em termos de perdas de vidas para a aviação civil desde 2005, quando 1.014 pessoas foram mortas em acidentes, de acordo a Aviation Safety Network (rede de segurança na aviação, em tradução livre), com base na Holanda.

No entanto, o número de acidentes aéreos fatais em 2014 seria somente oito, caso confirmado o do QZ8501, comparados com os 24 de 2005. Este seria o ano com o menor número de acidentes que se tem memória, refletindo a natureza peculiar dos desastres de 2014.

"Notavelmente, 2014 tem o menor número de acidentes com voos de passageiros na história da aviação moderna”, afirmou Harro Ranter, fundador e diretor da Aviation Safety Network, que administra um banco de dados próprio.

Um total de 537 pessoas estavam a bordo do voo MH370 da Malaysian Airlines, que desapareceu em março e não foi encontrado, e do MH17, abatido sobre a Ucrânia em 17 de julho.

Mais de 160 pessoas perderam as vidas em dois acidentes relacionados com o mau tempo em julho: 48 quando a Transasia Airways tentou aterrizar em Taiwan, e 116 quando um jato da Swiftair, operado pela Air Algerie, caiu no Mali.

As companhias aéreas e os fabricantes afirmam que a aviação é a forma mais segura de transporte, em meio a melhorias de design, treinamento e infraestrutura.

A Iata, associação internacional de companhias aéreas que representa cerca de 250 empresas, disse no início deste mês que 2014 estava entre os mais seguros quando avaliado em relação ao volume de tráfego.

Em 2009, de acordo com a Iata, houve uma perda de avião para cada 1,5 milhão de voos, ou 0,67 para cada 1 milhão de voos.

Em 30 de setembro, o índice de perdas de 2014 era 0,22 por um milhão de voos.

O índice médio das integrantes da Iata, que não inclui a maior parte das companhias de voos de baixo custo, foi 0,37 nos últimos cinco anos. Esses dados incluem somente jatos construídos no Ocidente.

No entanto, autoridades da área de segurança dizem que acidentes com perda de controle, como os que algumas vezes ocorrem em condição de mau tempo, são quase sempre catastróficos, apesar de serem raros.

Em 2013, apenas três por cento dos acidentes envolveram perda de controle durante o voo, mas eles foram responsáveis por 60 por cento das mortes, segundo a agência de aviação civil das Nações Unidas.

Brasil 247