A vacina SpiN-TEC, desenvolvida integralmente no Brasil, teve seus primeiros resultados clínicos publicados nesta semana.
O imunizante mostrou segurança em humanos e segue agora para a fase final de testes. A íntegra.
A tecnologia é fruto de parceria entre UFMG, Funed e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Foram investidos R$ 140 milhões no projeto, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
A vacina é baseada em imunidade celular, que treina o organismo para combater células infectadas pelo coronavírus.
Esse mecanismo oferece proteção mais ampla e eficaz, inclusive diante de variantes.
Os testes clínicos de fase 1 incluíram 36 voluntários adultos, em diferentes dosagens.
A dose intermediária, de 60 microgramas, foi escolhida para as fases seguintes por apresentar melhor equilíbrio entre eficácia e segurança.
Ao todo, 1,7 mil pessoas se candidataram para os estudos, refletindo confiança na ciência nacional.
O CTVacinas, que lidera o desenvolvimento, já concluiu a fase 2 com 320 voluntários.
A fase 3 deve envolver 5,3 mil pessoas em todas as regiões do Brasil, após liberação da Anvisa.
Pesquisadores destacam que, pela primeira vez, um imunizante brasileiro passou por todas as etapas clínicas no país.
Em projetos anteriores, a fase inicial era feita no exterior, o que limitava a autonomia científica do Brasil.
Segundo o MCTI, esse avanço representa um passo estratégico para a soberania nacional em biotecnologia.
A infraestrutura criada também viabiliza o desenvolvimento de vacinas contra outras doenças tropicais negligenciadas.
Atualmente, o CTVacinas reúne cerca de 120 pesquisadores, técnicos e estudantes.
O centro é considerado um polo de inovação em imunobiológicos no país.
A SpiN-TEC é apontada como uma possível nova geração de vacinas contra a covid-19.
A publicação científica marca o início da etapa decisiva para sua aprovação final.
A expectativa é de que, após a fase 3, a vacina possa ser disponibilizada à população brasileira.











